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Petróleo WTI fecha no maior nível desde 13 de julho

Os preços da referência americana de petróleo, o WTI, fecharam a sessão de sexta-feira (21) no maior nível desde 13 de julho para o contrato mais ativo, de acordo com dados da FactSet. Os contratos do WTI para novembro encerraram a sexta em alta de 0,65%, a US$ 70,78 por barril, um ganho de 46 centavos na sessão, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), enquanto os do Brent (referência global da commodity) para o mesmo mês avançaram 0,12%, a US$ 78,80 por barril, na ICE, em Londres.

Na semana, o WTI acumulou alta de 2,6%, em expansão pela segunda semana consecutiva, enquanto o Brent ganhou cerca de 0,9%. Um comitê composto de representantes dos países que integram a Opep e por parceiros fora do cartel se reunirá no domingo (23), na Argélia, para discutir uma ação conjunta em relação aos efeitos sobre a oferta das sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irã, que serão efetivadas a partir do início de novembro.

Tendo oscilado mais cedo entre ganhos e perdas, os preços do petróleo se firmaram em alta, após a contagem semanal de sondas em operação nos EUA, divulgada pela Baker Hughes. A empresa reportou, nesta sexta-feira, queda de apenas uma das sondas em operação nos EUA, a 866, na semana.

No relatório anterior, da semana passada, houve alta de sete na contagem de sondas ativas. A contagem total, que inclui as sondas de petróleo e gás natural, caiu esta semana o correspondente a 2, para 1.053, de acordo com a Baker Hughes.

O barril do petróleo Brent chegou a 80 dólares neste mês, levando Trump a reiterar na última quinta-feira seu pedido para que a Opep baixasse os preços. A alta das cotações foi contida principalmente por uma queda nas exportações do Irã, membro da Opep, devido ao restabelecimento de sanções dos EUA.

“Nós protegemos os países do Oriente Médio, eles não estariam seguros por muito tempo sem nós e, ainda assim, eles continuam incentivando preços cada vez mais altos para o petróleo. Nós lembraremos disso. O monopólio da Opep deve baixar os preços agora!”, escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Falih disse que a Arábia Saudita tinha capacidade para aumentar a produção de petróleo, mas que a medida não seria necessária no momento.

 “A minha informação é que os mercados estão sendo adequadamente abastecidos. Não sei de nenhuma refinaria no mundo que esteja precisando de petróleo e não esteja conseguindo”, afirmou Falih.

O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse que nenhum aumento imediato na produção era necessário, embora acreditasse que uma guerra comercial entre a China e os EUA, assim como sanções norte-americanas ao Irã, estariam criando novos desafios para os mercados de petróleo.

O ministro do Petróleo de Omã, Mohammed bin Hamad Al-Rumhy, e seu equivalente do Kuwait, Bakhit al-Rashidi, disseram a jornalistas após a reunião deste domingo que os produtores concordaram em se comprometer a atingir a meta de 100 por cento dos cortes de produção acordados em junho.

Isso significa, na prática, compensar as quedas na produção iraniana. Al-Ruhmy disse que os mecanismos exatos para cumprir o objetivo ainda não haviam sido discutidos.

A nota de Trump, enquanto isso, não foi a sua primeira com críticas à Opep.

Preços mais altos de gasolina para consumidores norte-americanos poderiam criar uma dor de cabeça política para o republicano antes das eleições para o Congresso em novembro.

O Irã, terceiro maior produtor da Opep, acusa Trump de orquestrar a alta nos preços de petróleo ao impor sanções sobre Teerã e culpa seu rival local, a Arábia Saudita, por ceder às pressões dos Estados Unidos.

No domingo, o ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse que a publicação de Trump era “o maior insulto aos aliados de Washington no Oriente Médio”.

 

Fonte: Valor Online

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