Os preços do petróleo deram um salto nta quinta-feira (29), impulsionados pelo relato de que
autoridades russas estão sinalizando um corte de produção sincronizado com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Os contratos do WTI para janeiro fecharam em alta de 2,30%, a US$ 51,45 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), enquanto o petróleo Brent para fevereiro encerrou a sessão em alta de 1,38%, a US$ 59,91 o barril na ICE, em Londres.
O petróleo se recuperou com a notícia de que a Rússia estaria negociando com a Arábia Saudita – a líder de fato da Opep – o tamanho e a data de início de cortes de produção da Rússia. A notícia antecede um encontro marcado entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o príncipe saudita Mohammad Bin Salman, à margem da reunião do G-20 em Buenos Aires, a partir de sexta-feira (30). Os investidores estão atentos aos sinais de cooperação entre os dois países para reduzir a oferta de petróleo, em meio a um aumento dos estoques globais, que tem pesado sobre os preços.
“Para mim já estava claro que isso seria discutido no fim de semana entre os sauditas e os russos. Isso tem a ver com influência regional e eu espero que a Rússia participe de qualquer acordo”, disse Giovanni Staunovo, diretor e analista de commodities da UBS Wealth Management. “Se houver qualquer anúncio plausível e que mostre uma frente unida, esperamos que os preços se recuperem”, disse.
A notícia segue na esteira de comentários feitos por Putin na quarta-feira (28) de que a Rússia seria capaz de lidar com o petróleo Brent a US$ 60 por barril.
O petróleo tem sofrido fortes perdas nas últimas semanas, com ambos os benchmarks acumulando perdas de cerca de 20% desde o começo de outubro. Pesam sobre os preços a perspectiva de desaceleração econômica global ‒ que afetaria negativamente a demanda pela commodity ‒ e o aumento significativo das reservas de petróleo, principalmente nos EUA.
Fonte: Valor Online
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