Volume importado alcançou 47,6 milhões de m3/dia, incluindo montante vindo da Bolívia
A demanda total de gás natural em setembro alcançou 92,5 milhões de m³/dia, aumento de 6,81% na comparação com o mês anterior. O resultado é reflexo do maior consumo de gás natural por parte das termelétricas. Para fazer frente a essa ampliação, foi necessário importar mais gás, principalmente por meio de GNL. O volume importado em setembro chegou a 23,2 milhões de m³/dia. No total, considerando a importação da Bolívia, a oferta importada chegou a 47,6 milhões de m³/dia.
O uso do gás para geração elétrica saltou de 33,4 milhões de m³/dia para 41,5 milhões de m³/dia, superando o consumo de gás pelo segmento termelétrico, que, no mês, chegou a 39,1 milhões de m³/dia.
Se de um lado, a regaseificação de GNL cresceu, o mesmo não aconteceu com o volume trazido da Bolívia, que ficou praticamente estável na comparação com agosto: 24,46 milhões de m³/dia em setembro contra 24,06 milhões de m³/dia no mês anterior.
As informações estão no Boletim de Acompanhamento da Indústria de Gás referente a setembro, divulgado pelo MME. A oferta nacional – desconsiderando a reinjeção, consumo nas próprias plataformas de exploração e absorção nas UPGNs – saiu de 47,8 milhões de m³/dia para 52,1 milhões de m³/dia.
Com o retorno da operação da plataforma do Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, a produção nacional total retomou o patamar acima dos 110 milhões de m³/dia – ficando em 112,9 milhões de m³/dia -, após cair para 106,4 milhões de m³/dia no mês anterior.
Reinjeção sobe
Apesar dos números positivos do mês, a reinjeção aproximou-se dos 40 milhões de m³/dia, registrando média de 39,5 milhões de m³/dia contra 37,9 milhões de m³/dia verificados em agosto. Esta é a maior taxa desde dezembro de 2016, quando foram reinjetados 34 milhões de m³/dia.
Os dados do MME demonstram que, neste ano, a reinjeção jamais esteve abaixo da casa dos 30 milhões de m³/dia. Isso significa que, há nove meses, as plataformas de produção reinjetam nos campos o equivalente a uma capacidade do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol).
Já o GNL voltou a registrar uma taxa regaseificação acima de 20 milhões de m³/dia, como já havia ocorrido em agosto. A oferta via GNL de setembro foi de 23,1 milhões de m³/dia.
Malha integrada
A oferta na malha integrada – que não considera a demanda nos sistemas isolados, como no Norte do país – também subiu: passou de 33,9 milhões de m³/dia em agosto para 38,4 milhões de m³/dia em setembro. Já a demanda na malha atingiu quase 80 milhões de m³/dia contra 73,8 milhões de m³/dia, observado em agosto.
Nos sistemas isolados, tanto a oferta quanto a demanda se mantiveram praticamente estáveis. A oferta registrou, em setembro, 13,6 milhões de m³/dia, enquanto a demanda ficou em 12,5 milhões de m³/dia.
Fonte: Brasil Energia Online
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