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Petróleo termina semana em queda de mais de 2%, com China e dólar

Os preços do petróleo fecharam em forte queda nesta sexta-feira (14), com investidores vendendo a commodity temerosos de que a série de dados mais fracos na China e na Europa seja um prenúncio de menor demanda por energia no futuro, diante do risco de desaceleração mais intensa da economia global. Persistentes receios de excesso de oferta seguiram pesando, junto com um dólar mais fortalecido, em meio a um ambiente menos propício a ativos de risco.

A China reportou na madrugada dados mais fracos de vendas no varejo e produção industrial, o que empurrou os mercados na Ásia para baixo. Horas depois, já na Europa, Alemanha, França e a zona do euro também surpreenderam com PMIs abaixo do previsto, inflando temores de que a desaceleração global está mais forte.

Nos Estados Unidos, os dados de produção industrial e vendas no varejo vieram melhores que o estimado, mas não a ponto de animar investidores. Nem mesmo a notícia de que a China suspendeu a cobrança de tarifas adicionais sobre veículos importados dos EUA conseguiu melhorar o sentimento, enfraquecido pela guerra comercial entre as duas potências econômicas.

Em Nova York, o contrato de petróleo WTI com vencimento em janeiro fechou esta sexta-feira em baixa de 2,62%, a US$ 51,20 o barril. Na semana, a queda foi de 2,68%, a mais intensa desde a semana finda em 23 de novembro. A desvalorização desta semana é a primeira depois de duas semanas de ganhos.

Em Londres, o Brent (fevereiro) recuou 1,90% no dia, a US$ 60,28 o barril. Na semana, a baixa foi de 2,25%, a mais forte também desde a semana encerrada em 23 de novembro.

Giovanni Staunovo, analista de commodities da UBS Wealth Management, cita o fator dólar como um elemento de pressão ao petróleo hoje. Os preços do óleo são cotados na moeda americana, que quando se fortalece tende a encarecer o acesso ao petróleo para investidores internacionais.

“Mas acho que, de forma geral, os preços estão em posição de se estabilizar em torno dos patamares atuais”, afirma Staunovo, lembrando o compromisso da Opep e aliados (incluindo a Rússia) de cortar a produção.

Numa notícia de suporte aos preços da commodity, o número de sondas de petróleo em atividade nos EUA caiu em quatro na semana finda nesta sexta-feira, a segunda consecutiva de queda. Agora, o número está em 873, o mais baixo desde meados de outubro, informou a empresa de serviços de energia Baker Hughes.

 

Fonte: Valor Online

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