Empresa do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, tenta retomar operação do empreendimento
A YPFB e a Âmbar Energia firmaram um memorando de entendimento para venda de 2,1 milhões de m³/dia de gás natural para a termelétrica Cuiabá. A usina, de propriedade da empresa pertencente ao grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, teve suas atividades suspensas depois que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia decidido arquivar processo da Âmbar contra a Petrobras, em uma queda de braço pelo fornecimento do gás. Mas uma liminar havia permitido a retomada da compra de gás.
Ao assinar o memorando, o presidente da YPFB, Óscar Barriga, afirmou que a capacidade de transporte do gasoduto que traz gás da Bolívia para a capital de Mato Grosso, atualmente de até 4 milhões de m³/dia, pode ser ampliada para 7 milhões de m³/dia, com a instalação de uma nova estação de compressão.
Em abril, a MT Gás, distribuidora de gás natural do Mato Grosso, obteve na justiça uma liminar para voltar a importar gás natural da Bolívia por meio do gasoduto operado pelas Gasocidente. A empresa havia interrompido o transporte dias antes, alegando que os custos do envio do gás não mais se viabilizavam diante da desativação da termelétrica Cuiabá.
Na ação, a MT Gás sustenta que ainda distribui o produto para a empresa GNC Brasil, e esta o repassa para indústrias e postos de combustíveis, que, por sua vez, o revendem para taxistas e motoristas, fazendo a distribuição via gás natural comprimido.
Este é o segundo movimento da estatal boliviana de gás natural em sua aproximação do mercado brasileiro e que coincide com a possível renovação em bases menores do contrato de importação de gás natural, hoje em até 30 milhões de m³/dia.
Há dois dias, a YPFB firmou um acordo para venda de 1,2 milhão de m³/dia, inicialmente, para a MSGás, com possibilidade de ampliar esse volume para 2,5 milhões de m³/dia. O acordo ainda prevê a entrada da estatal boliviana como sócia na termelétrica da Fronteira e participação em projetos de distribuição no estado brasileiro.
Shell
Na véspera deste novo acordo, a YPFB também havia assinado um outro memorando com a Shell Brasil para venda de 4 milhões de m³/dia de gás até 2022, mas podendo chegar a 10 milhões de m³/dia.
Fonte: Brasil Energia
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