A Petrobras está entre as seis companhias de atuação internacional que apresentaram propostas para suprimento de gás natural na chamada pública coordenada pelas distribuidoras do Centro-Sul. Outras duas grandes petroleiras teriam apresentado propostas, a Shell e a boliviana YPFB, segundo apurou a Brasil Energia.
A Shell não confirmou a informação até o fechamento desta reportagem e a estatal boliviana já havia manifestado interesse em participar do processo, logo após firmar acordo com a MSGás e um memorando de entendimento com a MT Gás para fornecer gás natural para a termelétrica Cuiabá, da Âmbar Energia.
Na quarta-feira (3/4), as distribuidoras do Centro-Sul atualizaram o número de propostas apresentadas, para 51, e o de empresas, para 15. Deste total, seis companhias são de atuação internacional, três são comercializadoras, três são de gás natural renovável (GNR) e três atuam com GNL em entregas de pequena escala. Cada distribuidora teria recebido, em média, entre 9 a 12 propostas de suprimento.
Agora, as distribuidoras devem se concentrar, até 30/4, na análise das propostas recebidas. Segundo explicou Walter Piazza Júnior, presidente da GasBrasiliano, em teleconferência com jornalistas, cada companhia formará um grupo de trabalho para analisar a aderência das ofertas ao edital de compra de gás e também elaborar um relatório para, em seguida, iniciarem a segunda etapa do processo, negociando diretamente com cada empresa ofertante. Esse processo pode se estender até o fim do ano.
Quanto ao início de suprimento, varia de acordo com cada distribuidora. Com a Sulgás e MSGás, o fornecimento de 2 milhões de m³/dia e de 700 mil m³/dia, respectivamente, deve começar no segundo semestre de 2020. A SCGás, que demanda 2,2 milhões de m³/dia, a data é abril de 2020; enquanto na Compagas, o início está previsto para o segundo semestre de 2022.
Na GasBrasiliano, existem duas datas: uma com início previsto em janeiro de 2020, quando termina o atual contrato com a Petrobras. Neste caso, o fornecimento pode sofrer um ajuste, onde a distribuidora poderá demandar 800 mil m³/dia a partir de 2020. Já 300 mil m³/dia poderão ser fornecidos a partir de 2021.
Fonte: Brasil Energia
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