Os índices acionários americanos fecharam a quinta-feira (2) em baixa, influenciados pela queda brusca nos preços futuros de petróleo. Os papéis das empresas de energia foram os mais impactados pelo recuo da commodity e encerraram o dia com retração de 1,7%, no índice setorial do S&P 500.
O Dow Jones Industrial fechou a quinta-feira em desvalorização de 0,46%, aos 26,307.79 pontos. O S&P 500 encerrou o dia em queda de 0,21%, aos 2.917,52 pontos e o Nasdaq caiu 0,16%, aos 8.036,77 pontos.
Os preços do petróleo atingiram as mínimas em um mês, após dados divulgados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos na quarta-feira (1º de maio) apontarem que os estoques de petróleo no país estão no maior nível desde setembro de 2017, com a produção americana em nível recorde.
Com isso, o Brent para julho encerrou o dia em queda de 1,98%, a US$ 70,75 por barril, enquanto o WTI para junho fechou o dia em recuo de 2,81%, a US$ 61,81 por barril.
Também pesou no mercado de ações o comentário de ontem do presidente do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell, que, contrariando expectativas, não deu sinalização de que pretende adotar postura mais favorável a uma flexibilização da política monetária.
Powell “falou de maneira positiva sobre as perspectivas de crescimento na China e na Europa e disse que as condições financeiras são acomodatícias”, disse Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank, em entrevista à Dow Jones Newswires.
“Tudo somado, ele parecia mais otimista sobre a economia do que o esperado.”
Dos 11 setores do S&P 500, apenas três encerraram o dia no positivo. O setor financeiro, que fechou o dia em valorização de 0,16%, se beneficiou do aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, devido à percepção, por parte dos investidores, de que os bancos devem se beneficiar de um quadro de crescimento global mais saudável e sem cortes iminentes na taxa de juros. O yield da T-note de dez anos fechou em alta de 2,55%, ante 2,52% no fechamento anterior.
De acordo com Justin Wiggs, diretor-gerente de ações da Stifel Nicolaus, caso o Fed mantenha a política monetária acomodatícia, há oportunidade para comprar ações de empresas do setor financeiro que possuam razão preço/lucro baixos. “Por essa medida, empresas do setor financeiro estão entre as ações mais baratas que existem”, disse.
De acordo com o executivo, uma razão para a baixa precificação é a sua queda acentuada no ano passado: em 2018, as ações do setor financeiro no S&P 500 perderam 15% em comparação com o declínio de 6,2% do índice mais amplo.
Fonte: Valor Online
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