Os contratos de petróleo para julho encerraram a sessão de quarta-feira (22) em queda significativa, após dados de estoques nos Estados Unidos apontarem elevação, frustrando a expectativa por redução, pela segunda semana consecutiva. Segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), as reservas da commodity estão nos maiores níveis em 22 meses, totalizando 477 milhões de barris.
Os preços do Brent encerraram a sessão em queda de 1,64%, a US$ 70,99 por barril na ICE, em Londres. Já os contratos do WTI encerraram o dia em recuo de 2,70%, a US$ 61,42 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
“Um aumento inesperado de 4,7 milhões de barris de petróleo bruto e 3,7 milhões de barris de gasolina pressionou os preços abaixo”, disse Alfonso Esparza, analista sênior de mercado da Oanda. “As tensões no Oriente Médio e o contínuo corte na produção de petróleo bruto liderado pela Opep mantiveram os preços em uma faixa mais alta, mas a alta produção norte-americana continua a limitar os ganhos da commodity”, completou.
Outro fator que limita os preços do petróleo é a contínua disputa comercial entre Estados Unidos e China. Investidores temem que uma escalada nas tensões, com elevações tarifárias de ambos os lados, possa enfraquecer a demanda global por petróleo.
“A ameaça de desaceleração mais ampla do crescimento econômico global continua a aumentar os temores de que as expectativas de demanda possam ser insuficientes para fechar o ano”, avalia Robbie Fraser, analista sênior de commodities da Schneider Electric. Mesmo com o recuo de hoje, os contratos futuros do Brent e do WTI acumulam alta superior a 28% em 2019.
Fonte: Valor Online
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