Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão em forte queda na quinta-feira (18), com as referências global e americana recuando ao menor valor desde o dia 19 de junho. Os preços reverteram os ganhos apresentados na parte da manhã, quando novos episódios de tensão entre o Irã e potências do Ocidente deram suporte aos preços.
Os contratos futuros do Brent para setembro encerraram o dia em queda de 2,71%, a US$ 61,93 o barril na ICE, em Londres, enquanto os contratos para agosto do WTI terminaram a sessão em retração de 2,60%, negociados a US$ 55,30 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Embora não tenha ocorrido um catalisador específico para o forte recuo diário, analistas disseram que a queda se deveu em parte
à contínua redução dos riscos de fornecimento global, já que Estados Unidos e Irã estão dando sinais de afrouxamento das tensões geopolíticas.
Além disso, dados recentes mostraram que a demanda dos EUA por gasolina está caindo, em meio a uma potencial desaceleração econômica global e uma lenta transição que visa superar a utilização de combustíveis fósseis. A hipótese se sustenta nos relatórios da Opep e da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) que previram uma demanda global mais fraca.
“Com a OPEP e a IEA reduzindo suas previsões de demanda para 2020, os preços do petróleo enfrentam pressões de oferta”, diz Alfonso Esparza, da Oanda.
Segundo Mihir Kapadia, diretor executivo da Sun Global Investments, os preços do petróleo acabaram “reagindo à fraqueza do mercado americano de ações e às expectativas de um aumento na produção da região do Golfo do México, restabelecendo a atividade após a passagem do furacão Barry na semana passada”, afirmou.
Mais cedo, notícias de que a Guarda Revolucionária do Irã havia apreendido um petroleiro estrangeiro elevaram os preços do petróleo, em meio a temores de que a república islâmica pudesse interromper o tráfego no Oriente Médio.
Fonte: Valor Online
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