Considerada a capacidade estimada de 12 projetos identificados em levantamento da EPE, oferta poderia ser ampliada em 203 milhões de m3/dia
Os terminais de regaseificação de GNL devem se tornar uma peça importante para o aumento de oferta no Novo Mercado de Gás. Segundo a EPE, há 22 novos projetos em andamento. Doze deles poderiam agregar uma capacidade de 203 milhões de m3/d ao mercado brasileiro.
Dos projetos mapeados, nove estão em fase de estudos iniciais, somando uma capacidade de 97 milhões de m3/d. Outros quatro estão em fase de licenciamento, com 64 milhões de m3/d de capacidade total. E apenas dois terminais estão em construção, o do Porto do Açu, no Norte Fluminense, e o do Porto de Sergipe, em Barra dos Coqueiros (SE), com 21 milhões de m3/d de capacidade cada um.
A EPE listou ainda outros dez projetos de terminais de GNL sem capacidade divulgada.
Para agilizar o licenciamento dos projetos, a maior parte dos investidores vêm optando pela construção de Terminais de Uso Privado. Isso acontece porque, para obter a autorização para instalações portuárias fora da área de Porto Organizado, os interessados podem apresentar o pedido à Agência Nacional de Transportes Aquaviários a qualquer tempo.
A maior parte dos novos terminais previstos está ligada a projetos de geração térmica a gás natural. Na avaliação da EPE, o GNL pode cumprir um papel importante para dar mais flexibilidade, segurança operacional e resiliência à cadeia do gás natural. Em um mercado aberto, isso aumenta a viabilidade financeira dos projetos.
Segundo o estudo, a capacidade de financiamento dos novos projetos pode ser influenciada diretamente pela possibilidade de aproveitar a capacidade do terminal para atender a demanda não termelétrica. Na visão da EPE, a possibilidade de redundância de terminais em uma mesma região não é necessariamente um problema, destacando que em um mercado aberto isso poderia até mesmo se tornar uma vantagem competitiva, “garantindo segurança operacional ao transportador e ao carregador.”
Fonte: Brasil Energia
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