Os preços do petróleo recuaram para mínimas de mais de um ano nesta quarta-feira (26), após centenas de casos do novo coronavírus reportados na Europa e no Oriente Médio gerarem temores de que a demanda por energia diminua, enquanto preocupações de que o vírus se torne uma pandemia nos Estados Unidos também pressionaram as cotações.
O petróleo Brent fechou em queda de 1,52 dólar, ou 2,77%, a US$ 53,43 por barril, enquanto o petróleo dos EUA recuou 1,17 dólar, ou 2,34%, para US$ 48,73 o barril.
Mais cedo na sessão, ambos os valores de referência atingiram os menores níveis desde janeiro de 2019, com o Brent recuando até US$ 53,03 e o WTI cedendo para US$ 48,30.
O petróleo acompanhou a queda acentuada dos mercados acionários no dia, após notícias indicarem que 83 pessoas estão sendo monitoradas em Nova York por possível exposição ao coronavírus.
“Toda vez que surge uma manchete, especialmente as relacionadas a novos casos nos EUA, como em Nova York, isso força vendas adicionais e faz com que a contribuição dos fundamentos normais seja colocada de lado”, disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates.
Os primeiros casos do vírus foram confirmados em países como Grécia, Geórgia e Brasil, enquanto autoridades impuseram novas restrições a viagens e determinações de quarentenas em diversos continentes.
Ainda assim, os preços chegaram a operar brevemente em território positivo, após o governo dos EUA reportar um recuo nos estoques de gasolina do país na semana passada. As reservas de petróleo, por sua vez, tiveram aumento de 452 mil barris, inferior ao previsto por analistas.
Fonte: Reuters
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