Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão desta terça-feira (09) em alta, após terem sido negociados em território negativo durante todo o dia.
Apesar de preocupações relacionadas ao cumprimento dos acordos de restrição da oferta por grandes produtores globais, os investidores continuam na expectativa de que a demanda volte a crescer, à medida que boa parte dos países flexibilizam suas medidas de restrição à atividade econômica adotadas para conter a pandemia de covid-19.
Na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) fecharam em alta de 1,96%, aos US$ 38,94 o barril. Na ICE, em Londres, o Brent para agosto avançou 0,93% e encerrou o dia aos US$ 41,18 o barril.
“A ação dos preços sugere que muitos compradores na Ásia estão ansiosos para comprar petróleo em qualquer queda, impulsionados pela alta da demanda física. Isso reforça ainda mais a ação construtiva de preços evidente em ambas as referências”, afirmou Jeffrey Halley, analista-sênior de mercados para Ásia-Pacífico da Oanda.
“O petróleo Brent permanece pronto para os US$ 45,00 o barril, com o WTI aparentemente pronto para testar US$ 40,00 o barril mais cedo ou mais tarde. Se a mentalidade de recuperação global permanecer na direção correta em outros mercados, também deverá continuar no de petróleo”, completou.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) chegou a um acordo no fim de semana para estender um corte global de produção de 9,7 milhões de barris por dia em um mês, até julho.
Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, no entanto, não pretendem estender cortes de 1,18 milhão de barris por dia que estão atualmente ajudando os membros a alcançar a meta da Opep+, informou a Reuters. Os sauditas cortaram uma quantidade adicional de produção, “mas anunciaram que não produziriam mais abaixo de sua cota” disse James Williams, economista de energia da WTRG Economics.
Os analistas do Goldman Sachs defendem que o mercado global de petróleo ainda enfrenta o desafio de absorver o excesso de oferta para que os preços atinjam uma fase sustentável de normalização, a partir dos níveis mínimos de demanda observados como resultado da pandemia do novo coronavírus.
“O mercado de petróleo só entrou em déficit no final de maio e ainda enfrenta o grande desafio de normalizar um bilhão de barris de excesso de estoque”, escreveram os pesquisadores do Goldman, Damien Courvalin, Callum Bruce e Jeff Currie. “Com o corte mais recente da Opep já
precificado, agora prevemos uma retração nos preços nas próximas semanas, com nossa previsão de curto prazo do Brent de US$ 35 o barril”, escreveram os analistas.
Fonte: Valor Online
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