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Petróleo fecha em alta com otimismo por vacina

Os preços do petróleo encerraram a quarta-feira (18) em alta, no maior nível desde o início de setembro, impulsionados pelas notícias positivas relacionadas ao desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Os ganhos para a commodity vieram mesmo com o segundo aumento consecutivo nos estoques semanais dos Estados Unidos.

Os contratos futuros do Brent para o mês de janeiro terminaram o dia em alta de 1,34%, negociados a US$ 44,34 o barril, na ICE, em Londres. Já os preços do West Texas Intermediate (WTI) para entrega em dezembro subiram 0,94%, a US$ 41,82 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Os preços do petróleo subiram acentuadamente após a Pfizer ter anunciado que uma análise final dos dados de ensaios clínicos mostrou que a vacina desenvolvida com a BioNTech foi 95% eficaz, observou Robert Yawger, diretor de energia da Mizuho Securities, em uma nota.

O anúncio foi feito pouco mais de uma semana depois que as empresas anunciaram resultados promissores e abre caminho para que as companhias solicitem aos reguladores a aprovação formal do medicamento.

No noticiário relacionado à oferta da commodity, os estoques de petróleo       nos EUA cresceram o equivalente a 769 mil barris na semana encerrada no dia 13 de novembro, a 489,475 milhões, de acordo com dados com ajuste sazonal divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).

A expectativa de consenso, em levantamento do “The Wall Street Journal” junto a analistas era por alta de 1,2 milhão de barris na semana passada. Os estoques no centro de distribuição em Cushing, Oklahoma, subiram em 1,2 milhão de barris no período.

De acordo com os dados oficiais do DoE, os estoques de gasolina subiram o correspondente a 2,611 milhões de barris na semana passada, a 227,967 milhões de barris, ante expectativa de queda de 300 mil barris no período.

Os estoques de destilados – que incluem diesel e óleo para calefação – recuaram em 5,216 milhões de barris, a 144,073 milhões, ante expectativa de que haveria queda de 1,7 milhão de barris na semana.

“Os estoques de petróleo aumentaram na semana passada, uma vez que a recuperação da produção compensou o aumento da atividade das refinarias. Enquanto isso, com os novos casos de vírus nos EUA continuando a aumentar, suspeitamos que os riscos para a demanda são agora firmemente baixistas”, disse James O’Rourke, economista de commodities na Capital Economics.

Os comerciantes também continuam avaliando os desenvolvimentos em torno da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep +). Um comitê na ontem não conseguiu anunciar uma recomendação sobre restrições à produção para as próximas reuniões do cartel.

“O atraso nas orientações sobre a política de produção não foi uma surpresa e haverá mais clareza” no fim do mês, disse Tariq Zahir, membro gerente da Tyche Capital Advisors, ao MarketWatch.

A Opep + está programada para diminuir suas restrições a partir de 1º de janeiro, mas aumentaram as especulações sobre um atraso na flexibilização devido às preocupações de que o aumento contínuo dos casos de covid-19 possa impactar a demanda por petróleo.

“A Opep está deixando todas as portas abertas para ver quanta demanda será atingida nas próximas semanas”, disse Zahir. “Também é importante notar que a produção de petróleo da Líbia continua a aumentar sem restrições até atingir os níveis anteriores de produção”.

Por enquanto, os preços da energia “continuarão a ver fraqueza à medida que outras restrições [relacionadas à covid-19] forem implementadas aqui nos EUA”, acrescentou.

Fonte: Valor Online

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