A Compagas desenvolveu uma tecnologia para aprimorar a operação da rede de gás natural canalizado no Paraná. A companhia desenvolveu e implantou o Sistema Supervisório, uma ferramenta cujo principal objetivo é de possibilitar uma visão global da rede de distribuição.
Segundo a Compagas, o sistema permite o monitoramento de mais de 93% do volume total distribuído. Ele acompanha dados de consumo, pressão, nível de bateria, válvulas, temperatura e níveis de odoração de gás, entre outros parâmetros.
Para a implantação do Sistema Supervisório, a Compagas já investiu cerca de R$ 4,5 milhões, com a instalação de todos os pontos mapeados finalizada no primeiro semestre, afirma a distribuidora. Grandes clientes da companhia também podem acessar as informações disponíveis no sistema.
“Os maiores usuários da rede de distribuição de gás natural que contam com o sistema em suas estações de medição e redução de pressão (EMRP) conseguem, também pelo celular, acessar as informações disponíveis no sistema”, disse a Compagas.
A expectativa da companhia é de que, em breve, possa oferecer o uso da interface para a programação do consumo de gás.
Morgen
Outro sistema desenvolvido pela companhia é o Morgen, que utiliza técnicas de machine learning e inteligência artificial para construir um modelo matemático capaz de fazer uma previsão do volume futuro de gás natural.
Isso porque, afirma, a distribuidora de gás precisa informar ao supridor diariamente até às 11:00 horas qual será o volume de gás a ser utilizado no dia. “Quando essa informação é enviada, há pelo menos 13 horas de consumo pela frente pelos clientes da companhia e um erro na programação pode penalizar a empresa”, salienta a empresa.
O Morgen está integrado ao Sistema Supervisório e a empresa estima uma economia de até 80% com as penalidades contratuais por erro de dados, devido a maior assertividade na programação.
Clientes industriais
Além disso, a Compagas lançou um aplicativo para clientes industriais voltado para a leitura do consumo para este segmento, que corresponde a cerca de 90% do faturamento da empresa.
O app, de uso exclusivo da companhia, permite a leitura tanto dos equipamentos que possuem conversor de volume quanto dos que não o têm.
Fonte: EnergiaHoje