O diretor técnico-comercial da Copergás, Fabrício Bomtempo, participou do Shell Talks, tradicional evento de debates da Shell do Brasil, que reúne lideranças e especialistas do setor energético. Sob o tema “Impulsionando o progresso”, esta edição do Shell Talks durou três dias e teve 13 painéis. Fabrício foi um dos três debatedores do painel “Nova Lei do Gás: a abertura do mercado e oportunidades de negócios”. Os outros dois foram Arthur Berbert, desenvolvedor de negócios de gás da Shell Energy, e Ovídio Santana, diretor comercial e regulatório da Transportadora Associada de Gás – TAG. Todos os debates foram transmitidos ao vivo pelos jornais O Globo e Valor Econômico.
Fabrício explicou como a Copergás está se estruturando para a fase pós-nova Lei do Gás, pontuando os desafios de desenvolvimento da Companhia para os próximos anos. “A expectativa é que essa abertura do mercado traga competitividade. Nós, na Copergás, estamos muito otimistas em relação a isso”, disse, mencionando que, antes mesmo da nova Lei do Gás, a Companhia realizou uma chamada pública que teve 8 concorrentes e 18 propostas. “Isso mostra a vontade dos players em fazer este mercado acontecer”, afirmou Fabrício.
O diretor técnico-comercial destacou que a empresa tem se dedicado a estudar novos modelos de negócios, levando em conta, entre outros pontos, que “o atendimento em áreas que se mostravam inviáveis no passado, hoje já são vistas com viabilidade”. Para os próximos anos, a Copergás tem duas metas estratégicas, segundo Fabrício: a expansão na Região Metropolitana do Recife, e, sobretudo, a expansão da interiorização.
“Quando falo de interiorização, não estou falando na construção de um gasoduto de 700 km, do Recife a Petrolina, no Sertão. Estou falando no atendimento, de forma competitiva e eficiente, através de rede local”, ressalvou Fabrício. “Menciono Petrolina porque nós acabamos de iniciar o suprimento da rede local do município. Esse era um projeto visto por muitos como um sonho, e que se concretizou em menos de dois anos, mostrando como é possível, de forma competitiva, atender regiões distantes da nossa malha de distribuição”.
Ele informou que até o final deste ano uma nova rede local deve entrar em operação no Estado – a de Garanhuns, no Agreste Meridional. “Esse município está mais próximo, cerca de 80 km de distância do nosso principal gasoduto (Recife-Belo Jardim), mas, neste momento, faz mais sentido atendê-lo via rede local. À medida que o mercado se desenvolva, a gente pode estudar a interligação à rede principal”, explicou.
Já está no radar da Copergás um novo ponto para rede local: o município de Araripina, no Sertão do Araripe, região que é a maior produtora de gesso do Brasil. Se tudo der certo, em um ano e meio, aproximadamente, a região pode ser estar sendo abastecida com gás natural. “A ideia é que todos os projetos de rede local estejam ancorados em indústrias e postos de GNV”, disse Fabrício.
A expansão rumo ao interior não significa que os serviços na Região Metropolitana fiquem em segundo plano – a área também é estratégica para o crescimento da Copergás. “Expandir nossa rede na RMR é um grande desafio que temos pela frente. Se você olhar as concessionárias, exceto as de São Paulo e Rio, que são empresas centenárias, que possuem um grau de penetração muito alto, nas demais capitais e regiões metropolitanas do País o gás natural ainda tem uma participação tímida, principalmente nos segmentos residencial e comercial”, argumentou Fabrício, assinalando que nesses dois segmentos ainda há muito a ser feito: “A Copergás tem hoje cerca de 60 mil URs (domicílios) no segmento residencial. Nos próximos 5 anos vamos dobrar este número. Mas ainda é pouco perto do potencial que existe, dada a densidade populacional da Região Metropolitana do Recife”.
Pionerismo
Arthur Berbert, da Shell Energy, e Ovídio Santana, da TAG, que participaram do painel com Fabrício, fizeram elogios à Copergás, destacando o pioneirismo da Companhia em relação ao novo mercado de gás. A Shell Energy foi a vencedora da chamada pública da Copergás e, em agosto passado, as duas empresas assinaram um acordo de suprimento de gás natural para os anos 2022 e 2023. “Esse acordo foi um grande marco, em várias frentes. A Copergás começou o seu processo de chamada pública bem antes de outras distribuidoras. É um marco do pioneirismo da Copergás, de apostar na abertura do mercado de gás”, disse Arthur Berbert.
Fonte: Copergás / Comunicação
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