Av. Ataulfo de Paiva, 245 - 6º andar - Salas 601 a 605 – Leblon/RJ – CEP: 22440-032
+55 21 3995-4325

EUA vão aumentar produção de gás em 20% para se tornarem maior exportador mundial

Os Estados Unidos verão sua capacidade de produção de GNL crescer 20% até o final do ano, tornando-se o maior exportador mundial do combustível, ajudado pelos esforços da Europa para se livrar dos suprimentos russos.

Os investimentos em novas instalações de GNL dos Estados Unidos aumentaram pela primeira vez em três anos, elevando a capacidade total para 100 milhões de toneladas em 2022. Uma nova planta de GNL na Costa do Golfo, no estado da Louisiana, adicionará uma capacidade máxima de 11 milhões de toneladas.

A nova planta de GNL Calcasieu Pass iniciou a produção, disse seu operador este mês. Um navio-tanque de GNL da empresa japonesa de aquisição de combustível Jera já chegou ao porto para se preparar para a transferência de GNL.

A Jera é uma joint venture formada em partes iguais pela Tokyo Electric Power e Chubu Electric Power. O destino do combustível ainda não foi definido, mas pode seguir para a Europa se os preços forem mais altos do que na Ásia. A capacidade total da planta responde por cerca de 15% das importações de GNL do Japão.

Em janeiro, os Estados Unidos exportaram cerca de 4,3 milhões de toneladas de GNL para a Europa, de acordo com o provedor de dados de mercado Kpler, respondendo por cerca de 60% do total de exportações. Um ano antes, eram 10%.

Cerca de um terço do gás consumido na Europa é originário da Rússia. Mas as exportações da estatal russa de energia Gazprom para a União Europeia em janeiro caíram 40% em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 5,8 milhões de toneladas.

Olhando apenas para os números de janeiro, as exportações de gás dos Estados Unidos podem cobrir entre 70% e 80% das entregas russas para a Europa. Mas ao usar 2020 como linha de base, um ano antes de a Rússia apertar os suprimentos, as exportações de gás dos Estados Unidos para a Europa equivaleriam a cerca de 40% dos suprimentos russos, se os volumes forem mantidos no nível de janeiro.

A capacidade combinada das usinas nos Estados Unidos, incluindo as que estão em fase de projeto ou construção, totaliza 30 milhões de toneladas, maior nível em oito anos, de acordo com a empresa de pesquisa Rystad Energy.

A recente produção mensal de gás natural está se aproximando de recordes registrados no segundo semestre de 2019.

Porém, instalações de GNL levam de três a quatro anos para serem construídas. Isso significaria que os investimentos em plantas deste ano não chegariam ao estágio de entrega até 2025 ou mais tarde. Mas se as exportações com destino à Europa aumentassem, o continente seria capaz de mitigar o risco representado pela Rússia. Globalmente, a demanda por GNL crescerá 20 milhões de toneladas este ano, para 400 milhões de toneladas, de acordo com a Japan Oil, Gas and Metals National Corp., uma instituição apoiada pelo governo. Esse crescimento será impulsionado pelo consumo asiático.

 

Fonte: Valor Online

Related Posts