Sempre que há um reajuste no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras, como ocorreu na semana passada, a velha discussão a respeito do kit gás natural volta à tona. Vale a pena um motorista fazer alto investimento e realizar a conversão do carro para o GNV?
Em Belo Horizonte, a procura pelo equipamento cresceu nos últimos dias, sobretudo devido aos três aumentos do preço da gasolina e outros quatro no diesel, divulgados pela estatal brasileira em 2022.
E a mudança não é só compartilhada por aqueles que trabalham essencialmente com transporte.
“Desde antes da pandemia já vínhamos observando a procura pelos kits de gás. Hoje, não temos um público-alvo. Motoristas de aplicativo e taxistas são mais assíduos, mas vemos consumidores comuns buscando essa conversão”, afirma Isabel Rodrigues, proprietária de uma empresa belo-horizontina especializada na troca da gasolina pelo GNV.
Há cinco anos, a Gasmig concede subsídio de R$ 2 mil aos condutores de veículos que optam pelo gás natural, com o objetivo de ampliar o número de veículos que usam o combustível. O valor é depositado na conta da pessoa física ou jurídica. Naquele período, o bônus representava cerca da metade do custo para fazer a conversão. Apesar do subsídio, a conversão costuma valer para quem costuma rodar mais de 100 quilômetros no dia a dia.
Atualmente, um metro cúbico de gás natural em Minas Gerais tem o preço-médio de R$ 5,48, de acordo com levantamento da ANP. Um cálculo feito pela própria Gasmig considera que um motorista que percorre 3 mil quilômetros por mês gastaria R$ 2.071,96 abastecendo com gasolina (considerando o litro a R$ 7,39) e R$ 1.996 (com o litro cobrado a R$ 4,99). Já com o GNV, esse custo seria de R$ 1.111,36.
Fonte: O Estado de Minas