O consumo de energia no Brasil teve ligeira alta, de 0,6% em agosto, em relação a igual mês no ano passado, ao verificar, respectivamente, demanda de 63.727 MW médios ante 63.369 MW médios, de acordo com dados prévios da CCEE.
A demanda no mercado livre, onde os consumidores podem escolher o fornecedor de energia, avançou 5,9% no mês passado, para 23.700 MW médios, enquanto no mercado regulado, onde a gestão da energia dos consumidores fica a cargo das distribuidoras, o consumo recuou 2,4%, para 40.027 MW médios.
Expurgando-se as migrações nos últimos 12 meses, a demanda no mercado livre teria expansão de 3,3% e a do mercado regulado apresentaria recuo de 0,7%.
Além disso, caso não existisse no sistema a modalidade de micro e minigeração distribuída (MMGD), que reduz a demanda de rede, o consumo de energia no mercado regulado seria praticamente estável em agosto, na comparação anual, com pequena alta de 0,1%.
“Embora os grandes consumidores tenham registrado alta, as chuvas intensas e as temperaturas mais amenas levaram a uma retração da demanda nas residências e pequenos estabelecimentos comerciais”, disse a CCEE, em comunicado.
Por Estado
O Estado com maior queda percentual no consumo de energia em agosto foi o Rio Grande do Norte, com 7% de queda. Já os Estados que tiveram o maior crescimento percentual foram Maranhão (16%), Amazonas e Tocantins, ambos com taxa de 7%.
Por atividade
Os segmentos de mercado com as maiores taxas de crescimento em agosto foram os de Madeira, Papel e Celulose e de Serviços, respectivamente, com alta de 18,4% e de 14,1%.
Na geração, o país verificou alta de 2,1%, passando de 66.027 MW médios produzidos em agosto de 2021 para 67.398 MW médios.
A geração hidráulica cresceu 34,4% na comparação anual, para 43.585 MW médios, enquanto a geração termelétrica recuou 56,2%, para 9.466 MW médios — ambos os resultados foram reflexo da crise hídrica que ocorreu no ano passado e que não se repetiu em 2022.
A geração eólica avançou 14,9% no mês, para 12.764 MW médios, enquanto a solar fotovoltaica saltou 82,0%, para 1.583 MW médios, ainda de acordo com a prévia da CCEE
Fonte: Valor Online
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