A PetroReconcavo espera aumentar em cerca de 70% a sua produção de gás natural até 2026, para 2,5 milhões de m3/dia. E prepara investimentos na expansão da infraestrutura de processamento, nos próximos anos, para fazer frente ao aumento dos volumes.
O crescimento da produção virá, sobretudo, da Bahia. A empresa prevê ampliar de 800 mil para 2 milhões de m3/dia o volume produzido no estado, somente a partir dos ativos que já possui. E a unidade de tratamento de Catu tem capacidade para 1,5 milhão de m3/dia.
O diretor de Regulação e Novos Negócios da PetroReconcavo, João Vítor Moreira, acredita que, em 2024, a UTG Catu começará a dar sinais de estresse da capacidade. A empresa contrata hoje o serviço de processamento da Petrobras, mas tem interesse na aquisição da UTG – que faz parte do Polo Bahia Terra, colocado à venda pela estatal.
A PetroReconcavo chegou a apresentar oferta pelo polo, em parceria com a Eneva, mas o negócio foi judicializado pela Águila Energia, e as conversas com a Petrobras, suspensas.
Moreira diz que a UTG Catu tem espaço físico para expansão. “Naturalmente, se pudermos contar com a unidade de Catu, ganhamos em eficiência… Mas o timing [da aquisição] do polo Bahia Terra é algo fora das nossas mãos”, comenta.
A PetroReconcavo tem outras opções na mesa: construir uma unidade de processamento no Polo Miranga e uma unidade de adequação de ponto de orvalho (espécie de unidade de tratamento simplificada) próxima aos campos de Jacuípe e Riacho São Pedro.
Para monetizar o seu gás, a companhia busca novos consumidores nos mercados regulado e livre. Tem contratos com quatro distribuidoras diferentes – Bahiagás (BA), Potigás (RN), PBGás (PB) e Cegás (CE) – e mira novas chamadas públicas de concessionárias estaduais, bem como contratos com grandes clientes industriais. Moreira cita Braskem, Unigel e Acelen, na Bahia, como potenciais compradores.
Fonte: Epbr
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