Na capital catarinense, os principais players do mercado do gás no mundo se reuniram para discutir o papel do insumo na transição energética a nível nacional e internacional. Organizado pela SCGÁS, o Workshop Fair Gas Transition and Energy Security aconteceu nos dias 3 e 4 de novembro, e promoveu debates sobre as perspectivas para a integração do biometano e hidrogênio na rede de distribuição, assim como as projeções do futuro do gás na transição energética justa e segura.
Representantes de mais de sete países se fizeram presentes para dialogar sobre os caminhos do gás na descarbonização energética. O Workshop teve o apoio da Abegás, assim como da União Internacional do Gás (IGU), que retornou pela sua segunda vez a Santa Catarina.
O Curador Técnico do evento, Giovane Rosa, ressalta a relevância dos assuntos discutidos no contexto atual. “De 2017 para cá, muito do cenário energético foi alterado. Esse retorno da IGU traz uma perspectiva forte de transição energética, prevendo alternativas futuras, eliminando barreiras e discutindo um futuro melhor dentro de uma condição justa e segura para o gás”.
O papel do gás na transição energética)
O termo transição energética se refere ao caminho que se direciona à economia de baixa emissão de carbono. A partir deste conceito, o primeiro painel do evento abordou o contexto e o papel do gás nessa transição. Marcelo Mendonça (ABEGÁS), Ieda Gomes (Oxford Institute for Energy Studies), Marcelo Alfradique (Empresa de Pesquisa Energética) e Paul Cheliak (Associação Canadense de Gás) foram os painelistas convidados para o momento.
De acordo com Hugo Figueirêdo, presidente do Conselho de Administração da Abegás e presidente da CEGÁS, distribuidora de gás no Ceará, o gás natural desempenha um protagonismo fundamental neste processo de transição. “Comparado com outros combustíveis fósseis, esse energético já traz na sua essência a possibilidade de emitir menos gases de efeito estufa, como o CO2”, explica Hugo.
Outros gases também podem integrar a rede de distribuição do gás natural, como o biometano e o hidrogênio verde. Por isso, o segundo painel do workshop provocou debates sobre as perspectivas de integração do biometano, energético que provém da decomposição de resíduos orgânicos, e que também possui baixa emissão de carbono.
Ieda Gomes, Gabriel Kropsch (Abiogás), Hugo Figueirêdo (CEGÁS e Abegás), Débora Cardoso (Raízen Geo Biogás), Maria Eugênia Trindade (ARSESP) e a também curadora Técnica Leidiane Mariani (Amplum Biogás) foram alguns nomes que enriqueceram o debate sobre a integração do biometano à matriz energética.
O futuro do gás na transição justa e segura
O segundo dia do evento foi marcado por debates sobre a visão de futuro do gás no cenário energético, assim como a integração de outras fontes de energia na rede, como o hidrogênio verde, combustível produzido a partir da eletrólise. Considerado por muitos a ponte para um mundo sem carbono, o hidrogênio verde não emite CO2 ou outros agentes do efeito estufa. Marcelo Alfradique (EPE), Carlos Victal (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), Hugo Figueirêdo e Nuno Afonso Moreira (Dourogás – Portugal) comandaram os debates sobre este assunto.
A já citada temática de integração de gases na rede de distribuição também teve seu espaço no evento. Para discutir sobre este cenário, o francês Philippe Buchet (Lab Crigen – Engie) trouxe suas perspectivas, aliadas às falas de Regina França (Agrese), Jackson Albuquerque (Agência Nacional de Petróleo), Matheus Amorim (Engie), João Marcello Barreto (Petrobras) e Robson Coelho (TBG).
Além de tudo isso, a visão de futuro do gás na transição energética justa e segura foi o assunto de encerramento do Workshop. O Diretor Presidente da SCGÁS, Willian Lehmkuhl trouxe suas considerações, acompanhado de Giovane Rosa (Gás Orgânico), José Eduardo Moreira (Commit), Marcelo Mendonça (Abegás) e Cynthia Silveira (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil).
A painelista Ieda Gomes comenta sobre o tema que finalizou os debates no segundo dia do evento: “A transição energética vai continuar, porque é inexorável. A população mundial e os governos querem uma energia mais limpa com menos emissões de carbono. Para que isso aconteça, a transição precisa ser ordenada, planejada e feita de uma maneira responsável”.
O compromisso da SCGÁS na transição para o baixo carbono
Organizadora do Workshop, a SCGÁS, atua ativamente em atividades que impulsionam a adoção de fontes energéticas de baixa emissão de carbono. Recentemente, a SCGÁS anunciou uma chamada pública para aquisição de biometano, medida que reafirma o gás como energético de transição e potencializa a chegada do combustível para o interior do estado. O Diretor Técnico Comercial da concessionária, Tiago Cabral ressalta “Isso já está dentro dos nossos investimentos nos próximos anos, para que possamos ter mais opções de suprimento e levar essa agenda verde para o consumidor catarinense”.
Fonte: SCGÁS / Comunicação
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