A União Europeia (UE) fechou acordo com 80 empresas do continente para a compra conjunta de gás natural. A plataforma de compra anunciada nesta terça (25) foi acordada no início da guerra da Ucrânia, quando a Rússia começou a usar o gás natural como maneira de pressionar a Europa a diminuir as sanções impostas devido ao conflito entre as duas nações. O objetivo é conseguir obter preços mais baixos para a compra do combustível. As empresas cadastradas farão os pedidos na plataforma, com licitações a partir do início de maio. A ideia é que as empresas que fazem parte do acordo consigam negociar contratos sem o envolvimento da Comissão Europeia, criando assim um mercado europeu para a negociação de gás natural. As empresas que compram mais energia poderão atuar em conjunto com empresas menores ou oferecer o envio do gás por conta própria. A previsão é de que os primeiros contratos sejam assinados a partir da segunda quinzena de maio e as primeiras entregas possam ser feitas em dois meses. As rodadas de agregação de demanda e compra do gás serão repetidas a cada dois meses até o final do ano. No total, a plataforma deve negociar cerca de 13,5 bilhões de metros cúbicos de gás, ou cerca de 3,5% do consumo total da UE em 2022.
Empresas de países não pertencentes à UE que fazem parte da comunidade energética do bloco, como Albânia e Ucrânia, também poderão participar. As empresas russas estão excluídas.
Fonte: Valor Online
Related Posts
Os recados do ministro e a reação do mercado
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), endureceu o recado aos agentes das infraestruturas, em meio à tentativa de avançar com a agenda da competitividade do gás natural para a indústria....
LRCAP precisa dar mais segurança ao mercado de gás, defende vice-presidente da Equinor
A revisão das regras do leilão de reserva de capacidade (LRCAP 2025) deve ser encarada como uma oportunidade para dar mais segurança ao mercado de gás natural, incluindo aí os produtores, defende a...