A Gasmig, Companhia de Gás de Minas Gerais, anunciou a construção de um gasoduto no Sul de Minas. A obra para levar gás natural a indústrias e residências deve custar mais de R$ 500 milhões. A expectativa é utilizar o gás natural como fonte de energia, incentivar a economia de gastos e promover o desenvolvimento econômico sul-mineiro. O projeto foi apresentado nesta semana. Ao todo, serão 120 quilômetros de gasoduto subterrâneo ligando os municípios de Extrema e Pouso Alegre. Segundo a Gasmig, será possível abastecer seis cidades da região. “A gente prevê investimentos na ordem de R$ 500 milhões, com atendimento não só às áreas industriais, mas também às áreas urbanas dessas cidades. Nós pretendemos, obviamente, levar esse gasoduto até os municípios adjacentes que estejam compondo a região Sul de Minas”, disse o diretor institucional da Gasmig, Alessandro Marques.
O principal benefício do gasoduto é a redução dos custos. Empresas e a própria população poderão pagar um valor menor em algumas contas. “Em tese, o gás encanado é o nome que ele tem também ou então vindo de gasoduto, ele tem que ser mais barato que o outro, porque ele não tem caminhão para fazer o transporte. Ele vem através de um tubo embaixo da nossa casa. Então você tira o transporte, já diminui o diesel, diminui um monte de coisa, então aí abaixa a custo e aí você paga exatamente aquilo que você está usando. Toda vez que você troca o botijão de gás da sua casa, você está jogando fora de cerca de 10 a 12% do gás que você não usou. E a mesma coisa vale para a indústria. Cada vez que se enche um cilindro de gás de uma indústria, 25% dele também não é utilizado. Ele fica perdido”, completou o especialista. Um levantamento da CNI mostra que apenas 14% do setor industrial brasileira utiliza o gás natural como fonte de energia. O número é pequeno exatamente porque muitas empresas encontram dificuldades para ter acesso a esse combustível. A expectativa é que, com a instalação do gasoduto, esse cenário possa mudar no Sul de Minas.
“A construção do gasoduto neste eixo da Fernão Dias é, primeiro, uma demanda antiga, desde os anos 2000 já se discute e já se luta por essa conquista, ele atende uma demanda atual das indústrias, mas descortina também uma nova oportunidade para a região receber investimentos que hoje ela não tem, como no caso da porcelana, do vidro, do alumínio. Então é um investimento com potencial real de melhorar a arrecadação dos municípios, melhorar a arrecadação do Estado e gerar milhares de empregos na região”, disse o consultor em desenvolvimento econômico, Adriano Carvalho. Para a Prefeitura de Pouso Alegre, o gasoduto poderá trazer ainda mais benefícios à economia da cidade. “Esse gasoduto vai vir aqui do ramal que está em São Paulo, ele está parado em Bragança, e aí de Bragança ele vai a Extrema e de Extrema, ele vai chegar até Pouso Alegre. Custo da matriz energética é relevante. Então, isso vai trazer uma competitividade muito grande para as empresas da região. Com certeza isso vai atrair mais empresas para nossa região, mais emprego, mais renda. É muito relevante”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pouso Alegre, José Carlos Costa. A Gasmig informou que a construção do gasoduto ainda está em fase de projeto. Por enquanto, ainda não foi definido se será necessário fazer algum tipo de desapropriação de terreno e não foram divulgados prazos em relação ao início e conclusão da obra.
Fonte: G1 Sul de Minas / Eptv
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