O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD) reagiu às pressões que vem sofrendo de grupos empresariais do setor de gás natural por conta das recentes medidas adotadas pelo governo e que foram encaradas como favorecimento à Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, de propriedade dos irmãos Batista. O governo Lula tem sido duramente criticado por retomar a política de “campeões nacionais”, favorecendo grandes grupos empresariais, em detrimento de políticas que permitam a participação de players menores no mercado. Silveira se defendeu, afirmando que é preciso ter isonomia e tratar todos por igual. Durante discurso na Sergipe Oil & Gas nesta quarta (24), o ministro fez críticas indiretas a empresas do setor, apontando “loteamento” e prática de “preços abusivos”. A epbr apurou que parte dessas críticas eram direcionadas ao empresário Carlos Suarez, um dos mais influentes do setor no país e apelidado de “Rei do Gás”. “Infelizmente, uma côrte do gás loteou o Brasil como se as regiões fossem capitanias hereditárias. Criaram ilhas do gás, com preços abusivos, que levaram o setor a uma espiral da morte”, afirmou. Questionado se as críticas eram direcionadas aos grupos J&F ou Termogas – e às emendas em projetos que podem direcionar leilões para projetos de um ou outro – Silveira afirmou que o alvo são todos, sem exceção. A Termogas, ligada a Suarez, possui participação em distribuidoras e projetos de gás natural em vários estados.
Fonte: Epbr

