Estamos enfrentando mais um período de estiagem com forte onda de calor. A junção destas características provoca uma série de problemas hídricos e energéticos. A falta de chuva, por exemplo, traz sérios problemas de saúde (como os respiratórios) além de provocar a queda da geração de energia, forçando o uso de termelétricas e, dessa forma, encarecendo o custo para o consumidor final. Mas como o gás natural se torna uma saída sustentável e segura para problemas hídricos e climáticos? Vamos entender o quadro geral. Os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte atingem níveis preocupantes e evocam memórias da crise hídrica de 2015. Desde abril, a capital mineira e municípios vizinhos sofrem com a ausência de chuvas, a maior seca registrada em seis décadas. Assim, esse cenário levou a uma queda drástica nos volumes de água armazenados no Sistema Paraopeba, responsável por suprir grande parte da demanda de abastecimento da Grande BH. O ONS já prevê uma redução no nível das represas das hidrelétricas devido às chuvas abaixo da média.
Seca no Brasil
A seca histórica que estamos enfrentando pode afetar, sobremaneira, a geração de energia. O Comitê de Monitoramento de Setor Elétrico já está recomendando que o país adote medidas preventivas para garantir o abastecimento. O nível dos principais reservatórios das hidrelétricas caiu com a falta de chuva. Segundo o ONS, elas estão com 55% da capacidade de água armazenada. Em 2023, nessa mesma época, estavam com quase 80%. De acordo com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico a situação pode piorar. Há incertezas sobre os efeitos do La Niña, associadas à previsão de menos chuva e temperaturas mais altas no próximo trimestre.
Custos para os consumidores
O consumidor vai sentir no bolso agora em setembro o resultado dessa estiagem toda. Após três anos, o governo voltou a acionar a bandeira vermelha – que é mais cara. No final de agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica chegou a anunciar que seria a bandeira vermelha patamar dois. Já no dia 04, após rever os cálculos, mudou para a bandeira para vermelha patamar um – menos cara: R$ 4,46 a mais por 100 kWh consumidos. Uma pesquisa da CNI revela que apenas 14% das empresas do setor no Brasil utilizam gás natural no processo produtivo. Os dois principais motivos citados para a empresa não usar gás natural foram a falta de adequação aos processos e a falta de acesso ou fornecimento do insumo. Segundo o levantamento da CNI, o aumento do uso do gás natural está nos planos de 9% das indústrias. Mesmo com a baixa utilização pelas indústrias, desenvolvimento é a palavra certa para descrever a importância do gás natural. Na região Centro-Oeste de Minas, por exemplo, a construção do gasoduto pode gerar em torno de 15 mil empregos diretos e indiretos, nas oito cidades por onde vai passar. A chegada do gás natural às cidades representa um grande potencial de geração de riquezas para a economia mineira. Empresas do setor de metalurgia e siderurgia serão as principais consumidoras do combustível.
Opção de segurança e sustentabilidade
O Gás natural é uma opção de combustível que traz muita segurança e sustentabilidade, além de apresentar muitas possibilidades de utilização. Cooktop, forno, aquecimento de água, secadoras de roupas, sistemas de climatização, aquecimento de piscinas, distribuição de água quente. Além do uso residencial, é possível utilizá-lo como combustível para indústrias de todos os portes, e também no comércio e em automóveis. Ademais, é uma opção mais sustentável e mais prático, ele também é mais seguro.
Fonte: Gasmig / Comunicação