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Naturgy define preço-teto para aquisição de gás, na tentativa de reduzir custos de seu atual portfólio de suprimento

A Naturgy, controladora da CEG e CEG Rio, abriu chamadas públicas para aquisição de gás natural e definiu um preço-teto para as propostas, numa tentativa de dar mais competitividade ao seu portfólio de suprimento.

De acordo com o edital da concorrência, o fator Brent (percentual do preço do petróleo ao qual o gás é indexado) deverá ser de no máximo 10% – patamar acima do que a Petrobras está oferecendo em suas novas condições comerciais.

E mais do que os principais agentes do mercado, em geral, também têm oferecido.

É uma tentativa de pressionar o preço da molécula para baixo.

As distribuidoras de gás canalizado do Rio de Janeiro têm, hoje, a Petrobras como única fornecedora.

E os preços negociados nos contratos de suprimento de longo prazo, assinados em 2023, ficaram em 13,5% do Brent em 2024, na média – acima dos patamares da maioria dos estados.

As distribuidoras fluminenses chegaram a negociar este ano aditivos com a Petrobras que lhe garantiram alguns descontos, mas o fator Brent dos contratos de suprimento das concessionárias do Rio ainda está acima dos 12%.

Esse patamar, inclusive, tem tornado atrativa a migração de grandes consumidores industriais, no estado, para o mercado livre. Siderúrgicas como a CSN, Gerdau e Ternium já anunciaram a migração.

Naturgy estima demanda de até 735 mil m3/dia

A CEG, que atua na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, está em busca de até 400 mil m³/dia, com início de prazo de fornecimento em 2025 e prazo máximo de contratação de 30 meses. Já a CEG Rio, que opera a rede do interior do estado, busca até 135 mil m3/dia, nas mesmas condições. As duas distribuidoras recebem as propostas até 28 de outubro. A Naturgy também abriu uma chamada pública para aquisição de gás para sua concessão em São Paulo, a GNSPS. As propostas deverão ser apresentadas até 11 de novembro. A GNSPS busca até 200 mil m3/dia, com início de prazo de fornecimento em dezembro de 2025 e prazo máximo até maio de 2030. A companhia não fixou um preço-teto, mas busca contratos sem take-or-pay (compromisso de retirada mínima).

Fonte: Eixos

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