Temperaturas acima da média e tempo mais seco impulsionaram o consumo de energia elétrica das residências e do comércio em outubro. A demanda das indústrias também segue em ritmo acelerado. Com isso, o Brasil registrou no mês passado o consumo de e 47.796 GWh, alta de 3,7% na comparação com outubro de 2023, de acordo com a Resenha Mensal da EPE. No acumulado em 12 meses, o crescimento é de 6,8% na comparação com igual período anterior, para 559.646 GWh. A classe residencial liderou a alta no consumo, com crescimento de 4,6% na comparação anual, para 15.081 GWh. A taxa acelerou em relação a setembro e o volume atingiu o nível mais alto desde abril. Segundo a EPE, as temperaturas acima da média, o tempo mais seco, a mudança no padrão de consumo, novas ligações de consumidores, a reclassificação de consumidores da classe rural para a classe residencial e a melhora das condições de emprego e renda no País colaboraram para a expansão.
A classe industrial também apresentou mais um mês de forte expansão do consumo de energia, de 4%, para 16.881 GWh, no terceiro maior consumo da série histórica, desde 2004, perdendo apenas para agosto e setembro. Entre os 37 setores monitorados, 28 consumiram mais. Entre os eletrointensivos, nove expandiram, sendo sete acima da média da indústria. Metalurgia, com alta de 3,6%, foi o que mais contribuiu para a expansão (150 GWh), mesmo crescendo um pouco abaixo da média da indústria. Produtos alimentícios (+102 GWh; +4,7%) aparece em segundo. A maior taxa de crescimento foi do setor automotivo, com avanço de 9,2%, impulsionado pelo aumento de vendas e recuperação nas exportações. Na ponta negativa, o segmento de produtos químicos recuou 3,5%, afetado por paradas de manutenção em duas grandes unidades. A classe comercial cresceu 2,8%, para 8.663 GWh. Na resenha, a EPE destaca que o montante de consumo registrado foi o maior desde junho de 2024 e reflete não só o melhor desempenho dos setores de comércio e serviços como as temperaturas acima da média e clima mais seco.
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre mostrou expansão de 10,7% em outubro e alcançou 20.549 GWh, ou 43,0% do consumo nacional de energia. O número de consumidores no segmento cresceu 48,3% na comparação anual. Já o mercado regulado, atendido pelas distribuidoras, com 27.247 GWh, respondeu por 57,0% do consumo nacional, mas teve queda de 0,9% em outubro. O número de unidades consumidoras aumentou 1,2% no período, apesar da migração de consumidores para o mercado livre.
Fonte: Broadcast / Ag.Estado
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