A presença feminina em posições de liderança ainda é pequena no mundo corporativo, mostram estudos. Empresas de infraestrutura, compostas principalmente por profissões ligadas às exatas, enfrentam mais dificuldades para trabalhar a diversidade, diz Renata Camargo, CEO da consultoria de comunicação inclusiva BlackID. “Mas algumas estão percebendo essa barreira e agindo para superá-la”, afirma. São os casos da Naturgy (antiga Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro) e da Statkraft Energias Renováveis, destaques na categoria Energia do Diversidade nas Empresas, feito pelo Centro de Estudos em Finanças da FGV, em parceria com a Folha. Ambas ficaram bem colocadas devido à inclusão de mulheres em cargos de alta gestão. No levantamento, pesquisadores utilizaram dados de 2023 de companhias de capital aberto declarados à CVM. A pesquisa avalia de forma separada empresas de 100 a 4.999 funcionários, como a Naturgy e a Statkraft, e a partir de 5.000. No total, um universo de 418 companhias foi levado em consideração. A diversidade foi mensurada em cargos de liderança, diretoria e conselhos de administração e fiscal.
A Naturgy vem trabalhando para mudar os rostos de seu quadro de colaboradores. Segundo o levantamento FGV/Folha, mulheres formam 75% de sua diretoria. A empresa tem ainda uma presidente mulher, Katia Repsold. O programa de diversidade interno foi implementado com estratégias voltadas à equidade de gênero em um setor historicamente masculino, diz Fernanda Amaral, diretora de comunicação, relações institucionais e ESG (sigla para boas práticas ambientais, sociais e de governança) da companhia. A partir da consolidação desse trabalho, cujas metas já foram atingidas, teve início uma expansão para outros públicos. “Hoje, temos 70% de mulheres no comitê de direção e cerca de 45% no quadro geral, o que é notável em um setor predominantemente masculino, como o de gás natural”, afirma Fernanda Amaral, diretora de comunicação, relações institucionais e ESG da Naturgy. “Acreditamos que a presença de uma presidente mulher desempenha um papel essencial nesse processo, pois sua liderança e visão ajudam a impulsionar a promoção da diversidade e da inclusão como valores centrais dentro da organização”, acrescenta Amaral.
Fonte: Folha de S.Paulo / Especial Diversidade nas Empresas
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