O mercado de combustíveis enfrenta hoje pressões de alta no país, o que pode encarecer o etanol hidratado. Ainda assim, o cenário de oferta do biocombustível deve garantir que os preços do renovável fiquem mais competitivos do que a gasolina até o fim da entressafra de cana-de-açúcar na região Centro-Sul. A primeira fonte de pressão vem do lado tributário. A partir de 1 de fevereiro, o ICMS sobre a gasolina subirá R$ 0,10 o litro, a R$ 1,47 o litro. Esse ajuste já dá ao preço do etanol mais margem de correção sem que ele tenha perda de competitividade, avalia Tarcilo Rodrigues, diretor da comercializadora de etanol Bioagência.
Segundo Rodrigues, o mercado de etanol está equilibrado. Em 31 de dezembro, as usinas do Centro-Sul tinham 5,2 bilhões de litros de etanol hidratado em seus estoques, segundo dados do Ministério da Agricultura, o que daria para atender um consumo mensal médio de 1,73 bilhão de litros até março. O analista estima que a correlação entre o preço do etanol e o da gasolina pode se estreitar, mas não muito, alcançando 68,5% ou 69% até o fim da entressafra. “Só vai romper a paridade de 70% se houver um atraso muito grande na [próxima] safra”, disse. Para ele, um aumento forte dos preços do etanol antes faria o consumidor migrar para a gasolina. “Depois para voltar [ao etanol] é complexo”.
Fonte: Valor Econômico / GloboRural
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