O consumo de gás natural no Brasil alcançou 52,456 milhões de m³/d em 2024, alta de 0,7% em base anual de comparação.
O destaque do ano foi a demanda de gás para se produzir energia em usinas termelétricas, que aumentou 22,9% no período, para 14,662 milhões de m³/d, puxado pelos despachos do ONS.
No segmento comercial, a alta foi de 2,4%, atingindo 897,6 mil m³/d, enquanto no segmento residencial a alta foi de 1,4%, a 1,456 milhão de m³/d, segundo a Abegás.
Por outro lado, o consumo industrial de gás caiu 3,6% no ano passado, para 28,386 milhões de m³/d. O consumo no segmento automotivo caiu 14,3% no acumulado do ano passado, para 4,569 milhões de m³/d.
Também houve retração no consumo de gás para cogeração, que recuou 28,4%, para 1,317 milhão de m³/d.
Segundo o diretor técnico comercial da Abegás, Marcelo Mendonça, a retração nesses segmentos é decorrente do custo da molécula no País, considerado alto.
Para ele, apesar dos avanços na abertura de mercado, efetivamente houve pouca melhora no ambiente concorrencial e, consequentemente, nos preços do gás. “Ainda temos baixa concorrência na oferta de molécula de gás e isso vem se refletindo nos números”, explicou.
Mendonça criticou, ainda, subsídios ao Gás Natural Liquefeito (GNL), os quais o gás natural não tem. Ele disse, ainda, que o uso em veículos pesados, como caminhões e ônibus, pode ser uma avenida de crescimento para destravar demanda.
Fonte: Broadcast / Ag.Estado
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