O consumo de energia elétrica aumentou 3,3% em fevereiro no País, na comparação com o mesmo mês de 2024, para 47.850 GWh, no maior valor já registrado de toda a série histórica, desde 2004, informou a EPE.O crescimento foi puxado principalmente pela demanda das residências, mas indústria e comércio também cresceram, ainda que em ritmo menor. A classe residencial consumiu no mês passado 15.990 GWh, volume recorde, com alta de 5,2% frente a fevereiro de 2024. A EPE destacou que foi a segunda vez na história que o consumo das residências superou o da indústria (15.889 GWh, com alta de 2,1%). Conforme a instituição, o aumento no consumo residencial foi impulsionado pelas condições climáticas, especialmente o período de calor intenso e seca no centro-sul do Brasil. A expansão de 2,2% no número de consumidores residenciais, o aumento da posse de eletrodomésticos e a mudança do padrão de consumo motivados pela melhora do emprego e da renda também foram apontados como motivos para o crescimento. Na avaliação geográfica, houve avanço da classe residencial nas regiões Sul (+11,0%), Sudeste (+5,9%), Centro-Oeste (+4,2%) e Nordeste (+1,3%). Já a região Norte apresentou retração de 2,1% no período.
A classe comercial consumiu 9.134 GWh, 2,7% mais na comparação anual, também no maior volume da série histórica. O desempenho reverteu a tendência de queda observada nos dois meses anteriores e foi reflexo do clima mais seco e das ondas de calor no País, associado ao desempenho positivo do comércio e serviços, diz a EPE, que cita dados do IBGE que indicaram alta das vendas do comércio varejista e do setor de serviços no mesmo período. Já na indústria, a despeito do significativo volume consumido, a EPE destacou que o crescimento de 2,1% corresponde à menor taxa de expansão dos últimos 12 meses.
Na avaliação por ambiente de contratação, o mercado livre, com 20.350 GWh, respondeu por 42,5% do consumo nacional de energia elétrica em fevereiro, com crescimento de 10,1% no volume e de 65% no número de consumidores, na comparação com fevereiro de 2024. Já o mercado regulado, atendido pelas distribuidoras, somou 27.500 GWh e respondeu por 57,5% do consumo nacional, com queda de 1,2% no consumo e aumento de 1,8% no número de consumidores.
Fonte: Broadcast / Ag.Estado
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