O Brasil totalizou 1633 plantas de biogás cadastradas no ano passado, sendo 1587 unidades em operação e 46 em fase de implementação. Segundo o Panorama do Biogás no Brasil 2024, elaborado pela CIBiogás, a quantidade de novas usinas cresceu 18% em relação a 2023. A capacidade instalada registrada foi de 641 milhões de Nm³/ano em 2024, aumento de 16% em comparação ao ano anterior. O documento contabilizou, em média, uma ampliação de 19% na capacidade para produção de biogás nos últimos cinco anos. As plantas que entraram em operação no ano passado apresentam uma capacidade instalada média duas vezes maior que em anos anteriores. Já em comparação a 2023, as plantas tiveram uma capacidade 54% superior. Em relação às fontes de substrato, os resíduos sólidos urbanos (RSUs) representaram 60% da capacidade produtiva instalada no país. O setor teve um ano importante em 2024, uma vez que o número de novas instalações foi responsável pelo acréscimo de 33% no total de plantas no segmento. Por sua vez, a capacidade produtiva aumentou em 16%. Já a agropecuária elevou em 95% a capacidade produtiva na última década. Segundo o CIBiogás, a capacidade instalada foi de 872 milhão de Nm³/ano, a menor registrada entre os setores. O volume é reflexo da grande quantidade de plantas de biogás de pequeno porte, que reduzem a capacidade produtiva. “Contudo, vale destacar que o setor cresceu aproximadamente 70% da capacidade instalada a partir de 2022, o que mostra a consolidação do seu crescimento”, completou o panorama. A indústria totalizou 170 unidades produtoras e capacidade de 981 milhão de Nm³/ano. No âmbito do uso do biogás, o aproveitamento energético predominante segue sendo a geração de energia elétrica, tanto na quantidade de empreendimentos quanto no volume. “A facilidade de comercialização ou compensação da energia elétrica é uma das vantagens desta aplicação”, destacou.
Brasil registrou 1633 plantas de biogás em 2024 (Plantas por Unidade Federativa)
O biogás está presente em 611 municípios brasileiros e em 24 estados do país. O Paraná segue na liderança entre os estados com maior número de unidades produtoras de biogás com fins energéticos. A região implementou 102 plantas novas no ano passado. De acordo com o CIBiogás, o estado se destaca pelo porte dos produtores, que empregam RSU e resíduos da indústria sucroalcooleira. Já o estado de São Paulo está na liderança da capacidade instalada, com variação de 5% entre 2023 e 2024. A posição é reflexo das plantas de saneamento e indústria, com destaque para o setor sucroenergético, pois concentra a maioria das usinas de cana-de-açúcar no território nacional. “Dentre os 10 estados com maior capacidade instalada, o setor de RSU ou Esgoto, é o que alavanca este valor, exceto nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, pontua. No Rio de Janeiro, por exemplo, a capacidade instalada de resíduos sólidos urbanos equivale a 98% do total estadual.
O CIBiogás registrou 79 plantas de biometano cadastradas no ano passado, sendo 54 unidades operacionais e 25 unidades em implementação. “Ao observarmos as autorizações para comercialização de biometano e os processos em andamento, caso todos esses se realizem, a oferta de biometano no Brasil triplicará até o final de 2026. Sendo um crescimento de 107% em 2025 e 193% entre 2024 e 2026”, explicou. De acordo com o panorama, a alta vai ocorrer pela entrada de 30 novas unidades produtoras.
Fonte: EnergiaHoje
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