Cinco dos seis combustíveis monitorados pelo Monitor de Preços de Combustíveis apresentaram queda nos preços médios nacionais em relação a maio. O recuo mais expressivo foi do etanol, com baixa de 1,6%, seguido pelo diesel comum (-1,5%), diesel S-10 (-1,4%), gasolina comum (-0,8%) e gasolina aditivada (-0,6%). Dentre os combustíveis, apenas o GNV registrou discreta alta no período, de 0,1%. Os números fazem parte da nova edição do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fipe.
Já na análise do primeiro semestre do ano, quatro dos seis combustíveis encerraram os primeiros seis meses com preços mais elevados para o consumidor: o etanol subiu 3,4%, a gasolina comum teve alta de 1,6%, a aditivada avançou 1,5% e o GNV, 1,3%. Em contrapartida, outros dois tipos de diesel registraram queda no período: diesel comum, com queda de 1,5%, e o diesel S-10, com recuo de 1,3%. Considerando o recorte de 12 meses, todos os seis combustíveis acompanhados pelo levantamento estão mais caros nos postos, com destaque para o etanol, com alta de 11%, seguido pela gasolina comum e aditivada (ambas com +6,6%), diesel S-10 (+2,0%), diesel comum (+1,8%) e GNV (+1,1%). Essas variações, vale dizer, dizem respeitos aos preços médios nacionais, podendo ser distintas de acordo com região, UF e localidade analisada.
A gasolina comum teve preço médio de R$ 6,313 por litro, com redução de 0,8% no mês. Ainda assim, acumula alta de 1,6% no ano e de 6,6% em 12 meses. Já o etanol hidratado foi comercializado, em média, a R$ 4,305 por litro – recuo de 1,6% frente a maio. No acumulado do ano, o valor subiu 3,4% e, em 12 meses, 11,0%. Comparativamente, o diesel S-10 fechou o mês com média de R$ 6,133 por litro, queda de 1,4%. No ano, acumula retração de 1,3%, mas segue 2,0% mais caro do que há 12 meses. O diesel comum também apresentou recuo significativo em junho, de 1,5%, com preço médio nacional de R$ 6,076 por litro. Apesar da queda acumulada no ano (-1,5%), ainda registra uma alta de 1,8% em 12 meses. Comparativamente, o preço médio nacional da gasolina aditivada caiu 0,6% no mês, para R$ 6,467 por litro. A despeito da queda, o valor médio nacional do combustível acumula aumentos de 1,5% no ano e de 6,6% em 12 meses. Por fim, o valor cobrado pelo abastecimento com GNV teve avanço marginal de 0,1% em junho, com preço médio de R$ 4,817. O combustível acumula altas de 1,3% em 2025 e de 1,1% nos últimos 12 meses.
De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, em junho de 2025, o preço médio do etanol correspondeu a 72% do valor da gasolina comum no cenário nacional e 72,6% na média das capitais, o que, considerando o rendimento dos combustíveis, favoreceu a escolha pela gasolina em diversas regiões. Como ambos os percentuais superam o patamar de 70% — considerado o ponto de equilíbrio em termos de rendimento para veículos flex —, a gasolina tende a apresentar ligeira vantagem econômica no abastecimento na média nacional e das capitais. Ainda assim, há importantes variações regionais. Estados como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná continuam apresentando condições favoráveis ao etanol, mantendo a competitividade desse combustível nesses mercados.
Fonte: Notícias Agrícolas
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