O uso do biometano na mobilidade urbana é uma tendência e o movimento encabeçado pela Prefeitura de São Paulo, de estimular a introdução do biocombustível na frota municipal, deve se estender para outras cidades, na visão da presidente do conselho de administração da MDC Energia, Manuela Kayath. Ela classificou como um “um “excelente indicativo para o mercado” o recém-lançado programa Bio SP, que estabelece regras para aquisição de biometano e sua incorporação progressiva à frota de transporte público e de veículos de coleta da cidade. Segundo ela, o biometano tem mais dificuldades de competir com o gás natural, na indústria, mas no transporte é diferente. “As indústrias que são muito intensivas em uso de carbono, que são as chamadas hard to abate, dificilmente vão fazer uma migração do gás natural para o biometano pagando um prêmio, porque isso acaba impactando muito na cadeia dela de custos”, afirmou. Já para o setor de mobilidade, Kayath considerou ser possível a substituição do diesel pelo biometano a um custo competitivo. “São Paulo vai ser um exemplo a ser seguido por vários outros municípios (…) O futuro do consumo do Brasil de biometano está muito voltado para a mobilidade.”, completou. A iniciativa será implantada, também, em caminhões de coleta de lixo da cidade. A meta é de que mais de 600 caminhões da frota de coleta ainda movidos a diesel sejam substituídos por biometano até 2027.
Fonte: Eixos
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