A Petrobras estima um consumo de 5,5 milhões de m³/dia de gás natural para as quatro unidades petroquímicas da empresa, disse Edmundo José Correia Aires, gerente geral de integração de negócios e participações de negócios em petroquímica da estatal. O consumo de gás para a produção de fertilizantes é visto pela estatal como um caminho para a monetização do insumo, que é extraído das jazidas do pré-sal associado ao petróleo e tem sido reinjetado em volumes considerados elevados. A empresa, afirmou, estuda ainda a destinação de líquidos de gás natural (LGN) que chegará na unidade de processamento de gás natural (UPGN) Rota 3 para a petroquímica, especialmente para o processamento de etano, uma das matérias-primas da petroquímica. Segundo ele, a empresa vai reativar a Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná, e as fábricas de fertilizantes (fafens) localizadas em Sergipe e na Bahia, como parte de um movimento mais amplo, de reentrada no segmento com a produção de ureia, uma das matérias-primas necessárias para a produção de fertilizantes. Também vai retomar a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas, Mato Grosso. As unidades vão ser responsáveis por atender a 35% do mercado consumidor de ureia.
Consumo de 3,3 milhões de m³/dia
Aires destacou que a Ansa e as fafens devem consumir, quando reativadas, um volume da ordem de 3,3 milhões de m³/dia. A fafen de Sergipe, localizada no município de Laranjeiras, tem previsão de produzir 1.250 toneladas por dia de amônia e 1.800 toneladas por dia de uréia, enquanto a unidade de Camaçari, na Bahia, deve produzir 1.300 toneladas por dia de de amônia e outras 1.300 toneladas diárias de uréia, além de 178 toneladas por dia de Arla, aditivo utilizado no óleo diesel. A produção das fafens deve ser iniciada em janeiro. Já a Ansa, que tem previsão de reinício de operação no segundo semestre, tem capacidade de produzir 1.300 toneladas por dia de amônia, 1.975 toneladas por dia de uréia e 820 toneladas por dia de Arla. A UFN-III foi integrada ao plano de negócios 2026-2030 da companhia e tem expectativa de iniciar produção em 2029. A planta, disse Aires, terá capacidade de produzir 2.200 toneladas por dia de amônia e 3.600 toneladas por dia de uréia. A unidade, segundo o executivo, deve consumir 2,2 milhões de m³/dia de gás natural.
Fonte: Valor Online
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