A holding brasileira Encorp vai investir R$ 2 bilhões em um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito no Porto de Suape, em Ipojuca (PE). Segundo o Valor apurou, o contrato com o governo de Pernambuco foi assinado essa semana e inclui uma parceria de fornecimento com a Shell. O início das obras será anunciado hoje (16) pelo governador Paulo Câmara (PSB).
O terminal, mais conhecido como Regás, é um projeto antigo de Suape, que ganhou celeridade quando o porto retomou autonomia na gestão de suas licitações, em outubro. Antes, essa função estava nas mãos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que suspendeu o leilão do terminal no início do ano, antes da apresentação das propostas.
Com a retomada do processo seletivo, a Encorp apresentou a única proposta que foi habilitada, na concorrência com CH4 Energia, Compass Gás e Energia e Ultracargo Logística. A empresa atua em geração e prestação de serviços na área de energia no Brasil e na Argentina.
Como vencedora da disputa, a holding arrendou o Cais de Múltiplos Usos (CMU), localizado no porto, que passará a funcionar, exclusivamente, para esse tipo de operação.
A operação da Encorp contará com a participação da Shell no fornecimento de gás. Uma das primeiras companhias a receber o combustível da multinacional, por meio do novo terminal, será a Termopernambuco, termoelétrica de 498 MW, vencedora de leilão de reserva de capacidade do ano passado.
A área arrendada para uso do terminal é de 33.375 metros quadrados. O Porto de Suape será remunerado pela cessão da área no valor global de R$ 6.295.860 para um período de 48 meses de contrato.
Além do arrendamento, o investimento engloba os custos com o sistema de recepção aquaviária, infraestrutura de cais e amarração, gasoduto e a estação de transferência de custódia. Quando estiver pronto, o terminal empregará cerca de 240 pessoas.
Fonte: Valor Online
Related Posts
Excelerate fecha acordo com Petrobras para afretamento de unidade de regaseificação por 10 anos
A Excelerate Energy fechou um contrato com a Petrobras para o afretamento da unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU, pela sigla em inglês) Sequoia, por um período de dez anos. Pelos...
Por que expandir a capacidade de regaseificação de GNL pode ser positivo para o Brasil
A aposta do Brasil no gás natural liquefeito (GNL) é frequentemente criticada devido ao grande potencial de produção nacional de gás, especialmente offshore. No entanto, o consultor independente Eduardo...

