Para estatal YPFB, novos dados sobre reservas dão poder de barganha para renovação de contrato com o Brasil
Um dia após a Bolívia informar ter reservas de gás natural que podem chegar a 12,5 trilhões de pés cúbicos (TCF), o presidente da estatal boliviana YPFB, Oscar Barriga, buscou, nesta sexta-feira (31/8), tranquilizar o Brasil e a Argentina, os compradores de seu hidrocarboneto. De acordo com ele, o país tem “o suficiente” para abastecer os dois clientes pelos próximos 15 ou 17 anos.
Atualmente, a Bolívia produz média que varia de 55 milhões de m³/dia a 60 milhões de m³/dia, dos quais cerca de 24 milhões de m³/dia são destinados ao Brasil, enquanto até 20 milhões de m³/dia são enviados para a Argentina. Já o consumo do mercado interno boliviano gira em torno de 12 milhões de m³/dia a 14 milhões de m³/dia, com metade sendo usado para fins de geração termelétrica.
Segundo o governo boliviano, o estudo realizado pela empresa canadense Sproule considera ainda uma outra categoria de mensuração das reservas, enquadrado como “possíveis”, que poderiam chegar a 14,7 TCF.
Para o presidente da YPFB, os números obtidos pelo estudo dão poder de barganha aos bolivianos para negociar um novo contrato a partir de 2019, quando vence o primeiro dos quatro acordos de importação – o maior deles –, com volume de 18 milhões de m³/dia. O objetivo dos bolivianos é manter a venda de até 30 milhões de m³/dia, mas, no mercado de gás brasileiro, discute-se a possibilidade de o país renovar o contrato de compra com volume de até 20 milhões de m³/dia.
Fonte: Brasil Energia Online
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