Nova pressão, pelo Twitter, do presidente dos EUA, Donald Trump, contra a escalada dos preços do petróleo levou a commodity a fechar o dia em terreno negativo, interrompendo um rali que havia colocado a referência americana, o WTI, acima da máxima de dois meses.
Assim, o contrato do WTI para novembro fechou a quinta-feira em baixa de 0,64%, a US$ 70,32 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), enquanto o do Brent para o mesmo mês cedeu 0,89%, a US$ 78,70 por barril, na ICE, em Londres. Na semana, o WTI ainda acumula ganho de 1,93% e o Brent, de 0,65%. No mês, a referência americana avança 0,88%, e a global, 1,16%.
Trump disse pela manhã, na rede social, que os produtores do Oriente Médio devem encontrar uma forma de fazer com que os preços caiam. “Nós protegemos os países do Oriente Médio, eles não estarão seguros por muito tempo sem a gente, e ainda assim continuam a elevar os preços do petróleo, mais e mais. Devemos recordar: o monopólio da Opep deve reduzir os preços agora!”, escreveu Trump, no Twitter.
Os comentários do presidente ocorrem após uma alta de quase 10% nos preços do WTI nos últimos 30 dias, o que contribuiu para que o preço médio do galão de gasolina nos EUA subisse para US$ 2,87, de acordo com o serviço de acompanhamento de cotações GasBuddy.
Além da ameaça pública feita por Trump, deputados dos EUA, em negociações em paralelo, pediram aos dois maiores produtores mundiais de petróleo, Arábia Saudita e Rússia, que mantenham a oferta em níveis que “impeçam acentuação dos preços”, diz Fiona Cincotta, analista sênior de mercado na City Index. “Os EUA estão comprometidos a evitar os efeitos indesejáveis das sanções ao Irã”, acrescenta.
Fonte: Valor Online
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