Terminal de regaseificação da Petrobras ficará sem navio à disposição, com a embarcação Golar Winter rumando para Salvador
O navio Golar Winter, da Petrobras, deixou o terminal de regaseificação da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (3/10). A embarcação ruma ao terminal de GNL de Salvador, na Baía de Todos os Santos, onde aguardará ordens para seus próximos serviços.
O deslocamento da embarcação faz parte do processo de otimização da frota de navios regaseificadores (FSRU) da petroleira, explicou o gerente de Assuntos Regulatórios e Relacionamento Externo da estatal, Dean William Moraes Carmeis, em carta enviada à Antaq.
O terminal de GNL da Baía de Guanabara tem capacidade para transferir até 14 milhões de m³/d de gás natural para a malha de gasodutos Sudeste, atendendo principalmente as termelétricas da região. Assim sendo, ele ficará sem embarcações à disposição por tempo indeterminado.
Hoje, a Petrobras possui apenas dois FSRUs afretados: o Golar Winter, cujo contrato com a Golar termina em 2024, e o Experience, fretado pela Excelerate Energy até 2029.
Em junho do ano passado, o regaseificador Golar Spirit deixou o Brasil após encerrar seu contrato com a Petrobras. A redução da frota reflete a queda da demanda por gás natural no país para a geração de energia em função da recuperação dos níveis pluviométricos.
Além dos terminais carioca e baiano, a Petrobras opera um terminal de GNL em Pecém, no Ceará.
Primeiro FSRU fora do sistema Petrobras
Um novo FSRU da Golar, o Nanook, construído na Ásia, está programado para iniciar operações no Brasil no começo de 2019. Ele abastecerá o terminal de Sergipe, onde a Golar Power possui participação na usina termelérica (UTE) Porto de Sergipe I.
O navio representará o único ponto de entrada de GNL no Brasil fora do sistema Petrobras. Segundo a empresa, isso poderá facilitar o fornecimento de gás diretamente à rede brasileira. Além de apoiar um hub de distribuição em pequena escala de GNL.
O foco inicial da Golar para ampliar sua participação no mercado local serão conversões de diesel para GNL na indústria de caminhões e soluções customizadas de logística para os setores de mineração e industrial.
Fonte: Brasil Energia Online
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