A montadora Scania e a Citrosuco, uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo, anunciaram na terça-feira (30) uma parceria para demonstrar a viabilidade do uso de caminhões movidos a gás natural (GNV) e biometano no país.
A Citrosuco iniciará os testes na primeira quinzena de dezembro com uma carreta de 410 cavalos de potência, que circulará entre Matão, no interior de São Paulo, e o porto de Santos (SP), um trajeto de 380 quilômetros, para transporte de suco de laranja destinado à exportação. A avaliação do veículo, que já será da nova geração de caminhões da Scania, deverá durar um ano. O caminhão será operado pela Transportadora Morada do Sol, que presta serviços à Citrosuco.
O caminhão da Scania pode rodar com GNV, biometano ou com a mistura de ambos os combustíveis, mas não utiliza diesel. O abastecimento do veículo ficará a cargo da Gás Brasiliano, que utilizará inicialmente apenas GNV. De acordo com a Scania, o caminhão emite 85% menos gás carbônico (CO2) quando roda com biometano e 70% menos quando roda com GNV, em comparação a um veículo similar movido a diesel.
“O caminhão movido a GNV/biometano é uma opção viável ao diesel, que pode ser implementada em curto prazo e possibilita uma significante redução de custos com combustível”, declarou Roberto Barral, vice-presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil.
Reportagem publicada pelo UOLem agosto com especialistas do setores de transporte e de combustíveis mostrou que o gás natural proporciona uma economia de cerca de 30% em relação ao óleo diesel para transporte de carga e passageiros. O assunto ganhou relevância após a greve dos caminhoneiros, em maio deste ano, que teve com uma das motivações a disparada no preço do óleo diesel.
Desde 2014, a Scania vem apresentando a operadores de frotas um modelo de ônibus urbano que utiliza um motor importado capaz de rodar com GNV, o gás natural veicular, e com biometano. Enquanto o GNV é proveniente do petróleo, uma fonte de energia não renovável, o biometano é considerado uma fonte renovável. Ele é produzido a partir de restos de matéria orgânica em aterros sanitários, estações de tratamento de esgoto, usinas de cana-de-açúcar, entre outros locais.
“A Citrosuco tem grande interesse pela inovação. Apoiamos ações que possam gerar um ganho ambiental, em primeiro lugar, e financeiro num segundo plano de importância. Vemos esta demonstração com chances reais de unir os dois temas”, disse Marcos Camillo, supervisor de Transporte e Designação da Citrosuco.
Fonte: UOL
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