Venda do ativo já estava encaminhada quando o processo de alienação foi paralisado e a tendência é que a Engie seja a compradora
A venda da TAG pode ter uma conclusão rápida, até abril ou mesmo antes. Isso porque, quando a alienação foi paralisada, o desinvestimento já estava mais ou menos encaminhado. O STJ liberou nesta semana a venda do ativo. A tendência é que a rede de transporte seja negociada com a Engie.
A venda de ativos é parte da política da nova direção da petroleira, que busca enxugar os custos da empresa. Além da disposição da nova diretoria da Petrobras em vender o ativo, a tendência é que agora a empresa venha conseguir concluir todos os desinvestimentos previstos.
O consultor Cid Tomanik, sócio do escritório Tomanik Martiniano, chama a atenção para o fato de que a Petrobras, apesar de estar se desfazendo do ativo, continuará a usar 100% da capacidade da rede, porque ainda é a principal supridora de gás do mercado brasileiro. A não ser que os terminais de gás natural liquefeito (GNL) sejam conectados à rede de transporte, observa Tomanik.
Para Ludmilla Corkey, advogada especialista em Energia do SV Law, o retorno da venda da TAG mostra que o setor de gás natural, ao optar por abrir o mercado a novos agentes, está entrando em caminho sem volta. Para ela, a saída, mesmo que gradativa, da Petrobras da área de transporte, corrobora enormemente para um cenário de desverticalização aguardado há tanto anos.
O anúncio da retomada da venda ocorreu no último dia 17/1, após o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, suspender a decisão da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) que impedia a venda da subsidiária. Além da transportadora, a Petrobras conseguiu também retirar o impedimento à venda da Araucária Nitrogenados (Ansa) e à formação de parcerias em refino.
A transportadora possui um sistema de gasodutos de cerca de 4,5 mil km de extensão, localizado nas regiões Norte e Nordeste, com capacidade para transportar 74,7 milhões de m³/dia. Em 2016, a estatal vendeu outra rede de gasodutos que era de sua propriedade, a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), para a Brookfield.
Fonte: Brasil Energia
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