Os preços do petróleo fecharam em alta na quarta-feira (27), impulsionados por uma queda inesperada dos estoques da commodity nos Estados Unidos e pela perspectiva de extensão dos cortes de produção da Opep.
O contrato do petróleo WTI para abril fechou em alta de 2,59%, a US$ 56,94 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York, enquanto o do Brent para maio subiu 1,86%, a US$ 66,58 por barril na ICE, em Londres.
De acordo com dados divulgados mais cedo pelo Departamento de Energia dos EUA, os estoques americanos de petróleo caíram em 8,647 milhões de barris na semana passada, contrariando a expectativa dos economistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de alta de 2,4 milhões. As reservas de gasolina, por sua vez, tiveram baixa de 1,906 milhão de barris, ante expectativa de queda de 1,2 milhão de barris.
Além da queda dos estoques, os preços receberam um impulso também das declarações do ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih. Segundo ele, após a turbulência observada no quarto trimestre de 2018, o mercado tem respondido gradualmente ao corte de oferta da Opep, cartel do qual o país é líder de fato.
“Estamos indo com calma, e veremos a recuperação da demanda no segundo trimestre”, disse Falih, em resposta à crítica anteontem do presidente dos EUA, Donald Trump, que voltou a condenar a elevação dos preços, pedindo “calma” à Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
Falih disse ser provável uma extensão dos cortes de oferta no segundo semestre, ante a necessidade de que a produção continue a ser moderada. Ele disse também esperar melhor grau de cumprimento das cotas de corte da produção pelos integrantes da Opep em 2019. Segundo o ministro saudita, as exportações do país em março ficarão em torno de 7 milhões de barris/dia.
Fonte: Valor Online
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