Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos nesta terça-feira, 2, ainda apoiados por sinalizações recentes de que pode vigorar por mais tempo o corte na oferta liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Com isso, mesmo o dólar mais valorizado não impediu o movimento.
O petróleo WTI para maio fechou em alta de 1,61%, a US$ 62,58 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho teve ganho de 0,52%, a US$ 69,37 o barril, na ICE.
Durante o pregão, os contratos chegaram a operar com sinal misto, mas se fortaleceram de olho nos sinais sobre a oferta. No início da semana, autoridades do Irã afirmaram que pode ser estendido o corte na oferta liderado pelo cartel, que conta com a participação de países de fora da Opep, como a Rússia.
Analistas da Kpler apontam em nota que em março houve um “claro sinal” de que a Opep segue comprometida com os cortes na produção e nas exportações. Segundo eles, os problemas na Venezuela ajudaram a provocar o recuo na oferta, enquanto mesmo a Argélia, que havia tido produção recorde em janeiro, perdeu fôlego nos embarques em março.
No câmbio, o dólar se fortaleceu, o que tende a conter o apetite dos investidores pelo petróleo, já que nesse caso a commodity fica mais cara para os detentores de outras moedas. Além disso, do lado da demanda, a Organização Mundial de Comércio (OMC) reduziu sua projeção para avanço do comércio mundial em 2019, de 3,7% para 2,6%, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, fez discurso cauteloso sobre a perda de fôlego no crescimento global, embora tenha dito que o mundo não está perto de uma recessão.
Fonte: IstoÉ Dinheiro / Estadão Conteúdo
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