Os preços do petróleo fecharam em baixa na quarta-feira (5), pressionados pela divulgação dos dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que apontaram uma forte elevação nos estoques da commodity no país.
Assim, o WTI se firma abaixo de US$ 53,04, nível que coloca a referência americana em terreno de “bear market”, que é definido como uma perda de ao menos 20% em relação ao pico mais recente. A perda deste nível técnico indica uma tendência de queda para os preços de um ativo. Para que o Brent entre também em “bear market”, a referência global precisa perder o patamar de US$ 59,65.
Os contratos futuros do Brent para agosto encerraram o dia em baixa de 2,16%, para US$ 60,63 na ICE, em Londres, enquanto os preços do WTI recuaram 3,36%, para US$ 51,68 o barril. Com a queda diária, o WTI encerrou a sessão com recuo de 22% em relação ao pico do dia 23 de abril, quando era negociado acima de US$ 66 por barril.
De acordo com dados do DoE divulgados mais cedo, nesta quarta, os estoques de petróleo dos EUA mais uma vez mostraram vigorosa elevação, de 6,771 milhões, totalizando 483,264 milhões de barris na semana passada. A expectativa de consenso era de que haveria queda de 1,3 milhão no período.
“Há um giro negativo, em retroalimentação, que vai do declínio dos ativos de risco à confiança das empresas e dos consumidores”, diz John Kolovos, estrategista técnico da Macro Risk Advisors.
“Houve muita decepção com a demanda por gasolina nos EUA”, observa Donald Morton, vice-presidente sênior da Herbert J. Sims & CO, responsável pela mesa de energia.
Os estoques de gasolina também tiveram alta expressiva: cresceram o correspondente a 3,205 milhões de barris, para 234,149 milhões, bem acima do consenso, de leve alta de 200 mil unidades para o período. Os estoques de destilados, que incluem diesel e óleo para calefação, também avançaram bem acima do esperado, em alta de 4,572 milhões de barris, a 129,372 milhões e consenso de que haveria aumento de 100 mil barris.
Fonte: Valor Online
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