O diretor de relacionamento institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, disse hoje que a empresa vê potencial para se tornar um exportador de gás natural liquefeito (GNL), no futuro. Hoje, o Brasil é importador desse produto.
O executivo destacou que a estatal espera por um aumento “muito grande” da produção, nos próximos anos, e que é preciso “pensar o que fazer com esse óleo e gás no futuro”.
“Estamos olhando o mercado de gás. Haverá um excedente de gás a ser comercializado [nos próximos anos], tanto no mercado brasileiro, mas também olhando o mercado internacional como um player, eventualmente como supridor de GNL”, afirmou, durante participação no Fórum Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) de Óleo e Gás.
Ardenghy mencionou que a companhia espera colocar em operação nos próximos meses a plataforma P-68. A unidade saiu esta semana do Estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo, rumo aos campos de Berbigão e Sururu, no pré-sal da Bacia de Santos. O início da produção desses campos está previsto para o 4º trimestre de 2019.
Leilões
O diretor de relacionamento institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, disse hoje que a empresa olha com “muita atenção” a participação nos próximos leilões de águas profundas e ultraprofundas.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) prevê realizar, entre outubro e novembro, a 16ª Rodada de concessões, a 6ª Rodada de partilha do pré-sal e o megaleilão dos excedentes da cessão onerosa.
O executivo destacou que a estatal está concentrada em investir em águas profundas, como forma de aumentar a rentabilidade de seus negócios.
Nesse sentido, segundo ele, o programa de desinvestimentos é uma estratégia normal das petroleiras e “não há nada de errado” na decisão da companhia de se desfazer de ativos de menor rentabilidade e se concentrar na exploração e produção offshore. “A Petrobras não está inventando nada [com o programa de venda de ativos]”, afirmou.
Ardenghy afirmou ainda que a empresa tem recebido um “interesse muito grande” de empresas nacionais e internacionais pelos ativos à venda pela companhia. “A receptividade tem sido excelente”, afirmou o executivo.
Ele destacou o plano de venda de oito de suas 13 refinarias como um dos principais esforços de desinvestimentos da empresa. “Vamos manter uma presença forte no Sudeste [no refino], esse é um objetivo estratégico da Petrobras, disse.
O executivo explicou que a venda de ativos é importante para a desalavancagem da companhia. Segundo ele, a Petrobras está empenhada em recuperar a sua posição como grau de investimento. “Acreditamos que vamos conseguir isso ao longo do tempo. É um esforço basicamente financeiro e econômico.”
Fonte: Valor Online
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