A Fiems e a MSGás iniciaram as tratativas para tornar o preço do gás natural importado da Bolívia mais competitivo para os industriais de Mato Grosso do Sul. Em reunião realizada nesta segunda-feira (23), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o diretor-presidente da MSGás, Rudel Espíndola Trindade Junior, e o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, abordaram a questão.
“Nós tratamos sobre a portaria que cria as novas condições de comercialização do gás natural no Brasil e ela traz algumas oportunidades. Agora temos de avaliar de que forma essas oportunidades podem contribuir com o processo de industrialização de Mato Grosso do Sul. Nós entendemos que, em razão da proximidade do Estado com a Bolívia, temos algumas particularidades, como ter um preço mais competitivo no mercado livre do gás natural”, pontuou Sérgio Longen.
Ele completa que o encontro serviu para avaliar esse mercado e o potencial dele. “Teremos as eleições presidenciais na Bolívia no próximo dia 20 de outubro e após esse pleito, quando o cenário político do país vizinho estiver definido, pretendemos avançar na negociação sobre o mercado livre do gás natural e do mapa de oportunidades para o uso do gás natural boliviano no nosso em Mato Grosso do Sul”, detalhou.
O presidente da Fiems entende que o gás natural boliviano traz uma oportunidade e é preciso encontrar uma forma de como Mato Grosso do Sul pode ser beneficiado em razão da proximidade com a Bolívia. Na política que já foi regulada pela Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), nós poderíamos fazer a importação direta do gás natural boliviano pelas empresas, utilizando a MSGás para o transporte, enfim, é nessa direção que a Fiems tem procurado estabelecer uma parceria com o Governo do Estado”, reforçou.
Para o diretor-presidente da MSGás, Rudel Espíndola Trindade Junior, há tempos tem realizado reuniões periódicas com a diretoria da Fiems por entender que o gás natural boliviano tem uma importância estratégica para a indústria local. “É um energético que tem um valor atrativo, tem toda uma questão de grande importância, que é a questão logística, e o presidente da Fiems tem procurado sempre buscar mecanismos para incentivar a instalação de novas indústrias em Mato Grosso do Sul, tendo o gás natural como um dos atrativos e buscando melhores preços para as empresas”, ressaltou.
Ele lembra que há um processo de mudança considerável no mercado de gás natural em meio a uma chamada pública em que se buscam outros parceiros para fornecer o produto para a MSGás. “Temos uma ligação muito grande com a Bolívia, sempre buscando a segurança do fornecimento, que é algo essencial para a indústria, e também um preço adequado para que os produtos fabricados no nosso Estado sejam competitivos em qualquer lugar. Nessa reunião com o presidente da Fiems, tratamos sobre as perspectivas a respeito do momento em que poderemos ter uma conversa mais ampla com relação a preço e modalidades de contrato com as empresas de Mato Grosso do Sul”, revelou.
Rudel Trindade prevê que até o fim deste ano, quando teremos uma nova modalidade de contrato e novos preços, o presidente Sérgio Longen poderá reunir todo o setor para discutir essa questão. “Também buscamos uma compra conjunta, um pool de empresas para que possamos comprar o gás natural direto da Bolívia para ter um preço mais acessível. Vamos marcar essa reunião antes do fim deste ano”, informou.
Também participaram da reunião a 1ª vice-presidente da Fiems, Claudia Pinedo Zottos Volpini, o diretor-administrativo e financeiro da MSGás, Rui Pires dos Santos, o diretor-técnico-comercial da MSGás, Bernardo Prates, a gerente de produção da MSGás, Regiane Schio, e o gerente-comercial da MSGás, Luís Duarte.
Fonte: Agora MS
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