Tiveram início, na quarta-feira (16), as obras para construção do primeiro campo para exploração de gás natural na bacia do rio Amazonas. A exploração da reserva no Campo do Azulão, localizado entre os municípios de Silves e Itapiranga (a 203 e 225 quilômetros de Manaus, respectivamente), deve representar um novo ciclo de desenvolvimento econômico para o estado, segundo o governo.
Foi o que disse o governador do Amazonas, Wilson Lima, que, junto ao ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, participou, em Silves, do evento que marcou o início das obras pela empresa Eneva para exploração da reserva.
Durante a solenidade, Lima ressaltou que o empreendimento, que vai possibilitar oferta de energia limpa e confiável e trazer royalties ao Amazonas, vai abrir novas perspectivas econômicas na região metropolitana de Manaus, sobretudo para os municípios de Silves, Itapiranga, Itacoatiara e Rio Preto da Eva.
Ele afirmou ainda que a recuperação da rodovia AM-010 será fundamental para fomentar o desenvolvimento na região.
“A AM-010 está sendo trabalhada para ser esse corredor de desenvolvimento econômico. Nós temos a exploração de gás aqui, que está sendo viabilizada, temos atividades que estão sendo desenvolvidas no município de Itacoatiara pelo rio, porque nós temos, ali, vários portos que dá para a embarcação atracar e navegar o ano todo”, disse o governador.
Segundo Lima, o Estado trabalha na implantação do Distrito Agroindustrial de Rio Preto da Eva, em parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). “Estudando a possibilidade de levar o gás também para esse setor. Já temos indústrias que estão interessadas, se instalando em Rio Preto da Eva, vislumbrando essa possibilidade”, frisou.
Investimento
A exploração do gás natural no Campo do Azulão será feita pela empresa Eneva. O investimento é de R$ 1,1 bilhão na obra, que vai gerar mil empregos, e a previsão de início da produção no campo é junho de 2021. Este será o primeiro campo de gás natural na bacia do rio Amazonas. O estado possui 50% de todas as reservas brasileiras de gás em terra.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque ressaltou que todas as políticas ambientais são rigorosamente cumpridas pela empresa. “Esse empreendimento é um exemplo de desenvolvimento sustentável. Cada madeira que é retirada é registrada e quando o empreendimento terminar, daqui a alguns anos, isso tudo vai ser recomposto, mantendo as condições naturais da região”, afirmou.
A Eneva já sinalizou para o Governo a possibilidade de exploração de novos blocos de gás. “A gente vê de uma forma muito positiva a perspectiva de exploração na bacia do Amazonas. Existe uma série de áreas que fazem parte do que foi denominado aqui de rodada permanente, onde a Eneva teria interesse em adquirir novas áreas, novos blocos e continuar fomentando o desenvolvimento da companhia e do próprio estado”, antecipou Pedro Zinner, diretor presidente da Eneva.
Fonte: A Crítica (AM)
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