Os preços do petróleo fecharam a sessão de segunda-feira (16) em leve alta, com os investidores otimistas sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China, anunciado na última sexta-feira (13). Uma melhora nas tensões entre os dois países deve ajudar a demanda por petróleo no próximo ano, potencialmente evitando um desequilíbrio entre oferta e demanda, que pode afetar os preços da commodity em 2020.
Os contratos futuros do Brent para fevereiro fecharam o dia em alta de 0,18%, a US$ 65,34 o barril na ICE, em Londres, enquanto os preços do West Texas Intermediate (WTI) para entrega em janeiro subiram 0,23%, a US$ 60,21 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
“Atualmente, o WTI está em uma máxima de três meses e poderia facilmente atingir US$ 62,50 caso observemos uma recuperação nos dados industriais e de manufatura dos Estados Unidos nos próximos dias”, afirmou Edward Moya, analista da corretora Oanda, em uma nota enviada a clientes nesta segunda-feira.
Ainda que as duas maiores economias do mundo tenham chegado a um entendimento prévio sobre o acordo comercial de “primeira fase” na última sexta, a guerra comercial EUA-China ainda está longe de terminar. Os detalhes do acordo não foram divulgados e o anúncio pode ter apenas adiado as tensões, em vez de erradicá-las. Mas, para as ações das empresas do setor de energia, pior segmento dentro do S&P 500 em 2019, até mesmo um pouco de otimismo pode dar tração adicional aos preços.
O nível de US$ 60 o barril, há muito tempo, é considerado chave para os preços do petróleo — quando o petróleo americano está acima desse nível, os produtores de xisto podem adicionar lucrativamente mais plataformas. Quando os preços caem abaixo de US$ 60, as empresas precisam se preocupar se estão queimando dinheiro.
Hoje, os papéis de empresas produtoras de petróleo avançam consideravelmente.
No meio da tarde desta segunda, a EOG registrava ganhos de 3,15%, a Diamondback Energy subia 2,74% e a Concho Resources avançava 2,45%. O setor é o que mais avança dentro do S&P 500 na sessão, em alta de 1,43%.
Fonte: Valor Online