Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda na segunda-feira (6), após o adiamento de uma reunião entre a Arábia Saudita e a Rússia, aumentando as incertezas sobre a oferta do produto, enquanto os investidores aguardam notícias sobre os esforços para equilibrar o mercado da commodity. A reunião, inicialmente marcada para hoje, foi adiada para a quinta-feira (9).
O contrato do petróleo Brent para junho fechou em queda de 3,10%, a US$ 33,05 por barril na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para maio recuou 7,97%, a US$ 26,08 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York.
A queda de hoje interrompe uma sequência de três sessões consecutivas de ganhos, com os preços tendo sido impulsionados pela perspectiva de cortes coordenados de produção para equilibrar os preços da commodity.
Mas a Arábia Saudita e a Rússia ampliaram a tensão no fim de semana, ao culparem um ao outro pelo colapso dos preços globais da energia.
Apesar do atraso, alguns especialistas esperam que seja alcançado um acordo entre os países e, provavelmente, com os produtores de óleo de xisto nos Estados Unidos, para reduzir a oferta global e pôr fim a uma batalha interna pelo domínio do mercado.
As conversas sobre uma reunião de superpotências de petróleo acontecem depois de o presidente americano, Donald Trump, sugerir, na semana passada, que uma grande aliança de produtores com a Rússia, a Arábia Saudita e possivelmente até os EUA poderia ser alcançada.
Amarpreet Singh, analista de petróleo do Barclays, disse, em análise na última sexta-feira (3), que o Barclays “não acha que um acordo da Opep+ dependerá de uma colaboração mais ampla, mas não seria inédito para os produtores que não pertencem ao grupo também participarem”, para ajudar a estabilizar os preços, concluiu.
Fonte: Valor Online
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