O diretor-presidente da Cosan, Luis Henrique Guimarães, aponta que a empresa espera iniciar as atividades do seu Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL), a ser instalado no Porto de Santos e em terreno na Área Continental da Cidade, em 2022. Segundo ele, a expectativa é que a oferta alta de energia “barata” amplie e desenvolva a atividade industrial da região.
Guimarães ficou responsável por encerrar as atividades do Porto & Mar 2020 Seminário A Tribuna para o Desenvolvimento do Porto de Santos, nesta terça (01), com a palestra Brasil, os próximos desafios. Ele revelou que a expectativa é desenvolver a unidade de regaseificação ao longo de 2021 e que, nesse processo, muitos empregos serão gerados na região.
Ao passar a movimentar GNL, o Porto de Santos, que já é um “hub de segurança alimentar”, será um “hub de energia”, afirmou o executivo.
Além das oportunidades diretas e indiretas de empregos, o diretor-presidente da Cosan explica que o desenvolvimento da atividade industrial se deve “ao menor custo de energia que possa destravar os investimentos (das empresas do setor)”.
“Hoje, o Estado de São Paulo é abastecido pelo gás vindo da Bacia de Campos. É importante (a instalação da nova unidade de regaseificação”) para manter a competitividade da indústria de São Paulo e manter uma nova fonte de gás”, disse o executivo.
Luís Henrique Guimarães também defendeu o processo de desestatização da gestão do Porto, atualmente em estudo pelo Governo e que deve ser efetivado em 2022.
Reformas e Segurança
Guimarães apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter queda de 4% a 5% no ano e que uma projeção de crescimento de 2% a 3% para 2021 não será o suficiente. Ele acredita que, para conseguir superar os índices e expectativas, é preciso avançar com as reformas tributária e administrativa
A oferta de uma melhor educação também é vista por ele como um processo natural para o crescimento, pois, a partir da formação de qualidade, é que surgirão os profissionais capacitados e preparados para lidar com as novas tecnologias.
“Começando pela. Reforma administrativa: E preciso reduzir o tamanho do Estado, pois a máquina pública ainda custa muito.
Acho que todo mundo concorda que o Estado passou do tamanho ideal e que não há recursos para manter seus compromissos. Precisamos de uma iniciativa pública eficiente e uma iniciativa privada competitiva”.
Ele continua e destaca que empresas privatizadas nos últimos anos, hoje, apresentam um índice de pagamento de impostos muito maior à época de estatais.
“É preciso seguir também com a reforma tributária. Esse é um emaranhado complexo que as empresas sérias têm dificuldade em cumprir”, destacou.
O diretor-presidente da Cosan apontou, ainda, que os governantes precisam rever as leis, desburocratizar processos e dar garantias aos investidores para que possam aportar capital no País com segurança.
“Estamos com um grau grande de burocracia, insegurança jurídica. Precisamos que os investidores tenham certeza de onde estão investindo. Temos que avançar e mostrar que somos um País capaz de fazer os sacrifícios e reformas necessárias”.
Fonte: A Tribuna (Santos/SP)
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