Os reajustes anunciados nesta terça-feira pela Petrobras para o diesel e gasolina ainda estão aquém do necessário para eliminar a defasagem para a referência internacional, informou a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Segundo a entidade, que representa os concorrentes da estatal no suprimento ao mercado doméstico, a Petrobras deveria ter aumentado o diesel em R$ 0,3450 o litro, para eliminar a distância para o preço de paridade internacional (PPI). A companhia anunciou hoje um reajuste de R$ 0,09 no litro do derivado.
Já no caso da gasolina, de acordo com a Abicom, a petroleira deveria ter aumentado o preço em R$ 0,2310, ante o reajuste de R$ 0,10 anunciado.
A Petrobras alega que a paridade não é um valor absoluto e que seus concorrentes, muitas vezes, assumem custos que não refletem a realidade da empresa.
A Ativa Investimentos estima que ainda há espaço para uma alta de 9% no preço da gasolina no curto prazo, devido principalmente à desvalorização do real nos últimos dias. Há cerca de duas semanas, a estimativa era que a Petrobras poderia fazer um aumento de 20% na gasolina.
A StoneX estima, por sua vez, que, mesmo com o reajuste anunciado hoje pela estatal, ainda há espaço para novos aumentos por parte da Petrobras.
Considerando o histórico de reajustes da Petrobras, a consultoria internacional calcula que ainda há uma perspectiva de aumento de R$ 0,14 para o diesel e de R$ 0,07 a gasolina.
Fonte: Valor Online
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